Em coletiva realizada ontem à tarde em Brasília, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, foi taxativo: "não existe risco de embargo às exportações brasileiras de carne para a União Européia". "O Brasil cumpre todas as exigências da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) e da União Européia e tem o melhor parque industrial de produção de carnes do mundo", destacou.
Em coletiva realizada ontem à tarde em Brasília, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, foi taxativo: “não existe risco de embargo às exportações brasileiras de carne para a União Européia”. “O Brasil cumpre todas as exigências da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) e da União Européia e tem o melhor parque industrial de produção de carnes do mundo”, destacou.
Segundo ele, não há provas da existência de missão irlandesa que supostamente teria visitado o Brasil para denunciar irregularidades na produção de carnes. “A opinião dos produtores irlandeses sobre a má qualidade da carne brasileira não coincide nem com a do próprio Ministério da Agricultura daquele país, tampouco com as autoridades sanitárias da União Européia”, declarou, dizendo que as questões em jogo são comerciais e políticas, não sanitárias.
A próxima visita de rotina da União Européia ao Brasil deve ocorrer no final deste ano e, segundo o ministro, o país sabe muito bem quais são as exigências do bloco: fortalecimento da estrutura de combate a doenças animais; atualização da legislação de combate à febre aftosa; reformulação dos Certificados Sanitários Internacionais (CSI), melhoria na análises laboratoriais brasileiras e o melhor controle de movimentação do gado entre áreas livres e não-livres de aftosa.
A implantação do Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e de Bubalinos (Sisbov) é uma das medidas que atendem as exigências do mercado europeu. Hoje, há 5 milhões de cabeças de gado cadastradas e a previsão é de que até o fim de 2007 esse número chegue a 50 milhões, além de 50 mil propriedades cadastradas.
“O Sisbov entrará em vigor plenamente a partir de 1º de janeiro de 2008, quando o antigo e o novo sistema serão integrados”, explicou o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Márcio Portocarrero, lembrando que a partir de janeiro de 2008, não poderão conviver numa mesma propriedade animais de zonas livres e não-livres de aftosa.
Além disso, as carnes exportadas para a União Européia devem levar a nova versão do Certificado Sanitário Internacional (CSI) a partir de agosto. O novo documento, fabricado pela Casa da Moeda, tem 12 itens de segurança que dificultam a falsificação e já está sendo usado para o mercado russo desde o início deste mês. As informações são do Mapa.