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Teste confirma que vaca com EEB veio do Canadá; cotações caem em Chicago

Testes de DNA realizados pelos EUA e pelo Canadá confirmam com um “alto grau de confiança” de que a vaca identificada com Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) encontrada em Washington foi mesmo importada do Canadá. A informação foi confirmada por autoridades dos governos americano e canadense.

Desde que o caso da “vaca louca” foi confirmado nos EUA, o departamento de agricultura dos EUA, USDA, tem reiterado que o animal infectado havia contraído a doença no Canadá. A defesa teria caído por terra se a identificação do animal não tivesse sido confirmada pelo DNA.

O veterinário-chefe do Departamento de Sanidade Animal do USDA, Ron DeHaven, afirmou que a determinação da origem da vaca foi feita por meio de exames de DNA em crias da vaca contaminada. “Mas a carne bovina continua a ser saudável, independente de essa vaca ter vindo do Canadá ou não”.

Brian Evans, da Agência Canadense de Inspeção de Alimentos, disse que, agora, os veterinários querem determinar como a vaca foi infectada. Eles querem saber se o animal contraiu EEB por meio de ração contaminada e se ainda há animais no Canadá que precisam ser testados para a zoonose.

Cotações

O contrato de futuros de gado caiu abaixo do limite da bolsa de Chicago após o Japão informar que as medidas tomadas pelos Estados Unidos para evitar o consumo da carne bovina infectada com o mal da “vaca louca” são inadequadas porque não incluem o teste de todo o gado abatido.

O Japão, maior cliente externo de carne bovina norte-americana, e mais de 30 outros países suspenderam as compras do produto depois que uma vaca do estado de Washington deu positivo para a doença da vaca louca, prejudicando um comércio estimado em US$ 3,8 bilhões ao ano. O México, segundo maior importador da carne bovina norte-americana, informou ontem que manterá seu veto à carne.

“O México não aceita carne bovina de países infectados com Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB)”, disse o diretor do Serviço Nacional para a Qualidade e a Segurança Alimentar, Javier Trujillo, enquanto uma equipe norte-americana do Departamento do Comércio visitava o país para tentar convencer o México a abrandar seu veto de importação.

O contrato de futuros de gado para entrega em fevereiro caiu 1,5 centavo, ou 2%, fechando em 73,8 centavos a libra peso, na Bolsa de Chicago. Os preços dos contratos de futuros recuaram 19% desde 23 de dezembro, quando foi anunciado o primeiro caso de EEB nos EUA. A bolsa revisou para menos, na segunda-feira, seu limite diário para as oscilações de preço, de 3 centavos para 1,5 centavo.

Fonte: Gazeta Mercantil e Jornal do Comércio/RJ, adaptado por Equipe BeefPoint

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