Decretado estado de emergência ambiental em Mato Grosso e em outras 19 regiões
17 de abril de 2013
Uruguai aprimora sistema de rastreabilidade da carne bovina
17 de abril de 2013

Testes mostram que 5% dos produtos testados na UE tinham carne de cavalo

A restauração da confiança dos consumidores europeus e dos parceiros comerciais em nossa cadeia de alimentos, após esse escândalo de rotulagem fraudulenta, é agora de vital importância para a economia europeia.

Quase 5% dos produtos testados para carne de cavalo na União Europeia (UE) foram positivos, enquanto 0,5% foram positivos para fenilbutazona (conhecida como bute), segundo a Comissão Europeia. A informação veio de amplos testes feitos para detectar a presença de DNA de cavalo e a droga de uso veterinário bute, conforme requerido e financiado pela Comissão Europeia, por causa do escândalo da carne de cavalo.

O informante para Saúde e Consumidores, Tonio Borg, explicou que as descobertas confirmaram que a questão da carne de cavalo foi uma fraude e não uma questão de segurança alimentar. Segundo ele: “a restauração da confiança dos consumidores europeus e dos parceiros comerciais em nossa cadeia de alimentos, após esse escândalo de rotulagem fraudulenta, é agora de vital importância para a economia europeia, considerando que o setor de alimentos é o maior setor econômico da UE”. Maiores controles serão propostos nos próximos meses, acrescentou Borg, que explicou que esse incidente na cadeia de alimentos ensinaria lições ao setor.

Mais de 7.000 testes foram feitos por autoridades “competentes” em 27 países da UE, que testaram 4.144 produtos para a presença de DNA de cavalo. Desses testes, 193 foram positivos para DNA de cavalo. Cerca de 10-150 testes foram feitos em cada país da UE, embora Borg tenha dito que a quantidade dependia do tamanho do país.

Mais de 3.000 produtos foram testados para bute e 16 deles mostraram resultados positivos. Os testes para esta droga foram feitos com base em uma amostragem para cada 50 toneladas de carne de cavalo, com um mínimo de cinco testes em cada lote.

Ao mesmo tempo, a diretora da Sociedade Internacional Humana da UE, Joanna Swabe, explicou que os testes para somente uma droga proibida (bute) está aquém da abordagem preventiva e completa para resolver fraudes e garantir que os padrões de segurança alimentar são cumpridos. Ela destacou que o bute não é a única droga que apresenta risco potencial à saúde humana e acusou a Comissão Europeia de falhar em avaliar outras drogas proibidas comumente dadas a cavalos.

Dessa forma, a Comissão Europeia está falhando com o público ao permitir que carne desses animais seja vendida na UE em contravenção a suas próprias regulamentações de proteção do consumidor e segurança alimentar.

A reportagem é do Globalmeatnews.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.