Após a autorização da saída de animais do Rio Grande do Sul, na semana passada, o Ministério da Agricultura deve anunciar nos próximos dias a liberação do trânsito dentro do Estado de exemplares das propriedades no raio de até 25 quilômetros dos focos de febre aftosa, segundo informou o delgado federal da Agricultura, Flávio Vaz Neto.
A medida, que vai abranger o gado destinado a abate e reprodução, traz alívio aos pecuaristas dessa região, impedidos de efetuar qualquer tipo de venda de animais desde maio, quando surgiram os focos da doença.
Segundo o presidente da Federação da Agricultura (Farsul), Carlos Sperotto, a estimativa é de que o rebanho bovino no raio de 25 quilômetros dos focos seja de cerca de 85 mil cabeças. Ontem, representantes dos criadores estiveram reunidos com Vaz Neto para esclarecer as regras de quarentena dos exemplares fora da área de risco que serão transportados para outros estados.
O delegado disse que o ministério está pronto para iniciar a operação. Basta que o produtor preencha um formulário e encaminhe requerimento via Internet ( sta-rs@agricultura.gov.br) ou nas unidades do ministério no Rio Grande do Sul. No prazo máximo de um dia, os técnicos visitarão a propriedade e definirão a área de isolamento, onde os animais vendidos para fora ficarão por 30 dias e serão liberados após sorologia.
Hoje, o secretário da Agricultura, José Hermeto Hoffmann, vai pedir ao secretário de Defesa Agropecuária, Luiz Carlos de Oliveira, agilização no processo para normalização da situação sanitária gaúcha. No encontro, às 14h, na Secretaria da Agricultura, Hoffmann também vai solicitar rapidez no embarque das primeiras cargas de carne gaúcha para a Rússia e a União Européia, além da liberação geral do trânsito de animais e de carne com osso para todo o Brasil. O secretário gaúcho também vai entregar a Oliveira proposta de adoção de novas políticas sanitárias no Brasil.
Fonte: Zero Hora/RS, adaptado por Equipe BeefPoint