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UE: diretor de Saúde Animal diz que missão encontrou “incoerências”, mas que problemas não são graves

Apesar das autoridades brasileiras confirmarem que a missão veterinária da UE foi muito favorável ao Brasil, europeus apontam que seus técnicos encontram "algumas incoerências" no sistema de controle animal no país, mas "nada catastrófico" que possa levar a restrições à entrada da carne brasileira nos 27 países do bloco comunitário. Por seu lado, a missão brasileira em Bruxelas disse não ter recebido nenhum sinal de insatisfação do lado europeu, após a missão, e espera o relatório final dos veterinários para o fim deste mês. O diretor de Saúde Animal da UE, Bernard Van Goethem, disse esperar que na média 100 novas fazendas brasileiras sejam certificadas por mês para exportar para a UE.

Apesar das autoridades brasileiras confirmarem que a missão veterinária da UE foi muito favorável ao Brasil, europeus apontam que seus técnicos encontram “algumas incoerências” no sistema de controle animal no país, mas “nada catastrófico” que possa levar a restrições à entrada da carne brasileira nos 27 países do bloco comunitário.

Foi o que declarou ontem ao Valor o diretor de Saúde Animal da UE, Bernard Van Goethem, na prática afastando novas pressões de produtores da Irlanda contra a carne brasileira.

Van Goethem disse que a inspeção de veterinários europeus no Brasil, concluída no dia 2 deste mês, foi “normal e é inevitável que uma inspeção ache pequenos problemas”, sem porém causar danos no comércio.

Van Goethem disse esperar que na média 100 novas fazendas brasileiras sejam certificadas por mês para exportar para a UE e para isso Bruxelas “acredita nas autoridades brasileiras para apresentar as fazendas que respondem aos critérios exigidos”.

Por seu lado, a missão brasileira em Bruxelas disse não ter recebido nenhum sinal de insatisfação do lado europeu, após a missão, e espera o relatório final dos veterinários para o fim deste mês. O Brasil terá 30 dias para eventuais esclarecimentos.

Recentemente o Comitê de Agricultura do Parlamento Europeu voltou a discutir a carne brasileira, acionado pelo deputado irlandês Mairead McGuinness, que exigiu de Bruxelas “não relaxar as regras que se aplicam sobre as fazendas brasileiras que querem exportar para a UE”.

Segundo a imprensa irlandesa, Van Goethem teria respondido ao Parlamento que não esperava que o número de fazendas brasileiras certificadas para exportar para a UE aumentassem rapidamente no curto prazo. Ontem, o funcionário europeu repetiu que a UE acredita nas autoridades brasileiras para listar as fazendas capazes de atender critérios exigidos para a exportação.

A matéria é de Assis Moreira, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Carlos Roberto Conti Naumann disse:

    Bem agora nos parece, que o pessoal da cadeia produtiva está entendendo o processo de rastreabilidade tão proclamado. A organização na propriedade rural nos parece fundamental para qualquer atividade, por menor que ela apresente-se.
    Como é que alguem pode pensar que o comprador tem que aceitar , aquilo que lhe é imposto pelo produtor da materia prima, em nenhuma econonia do mundo isso é aceito, muito menos pela União Européia.Vamos torcer que o pessoal não pise na bola achando que são os Reis da cocada preta!!!

  2. Taulni Rosa disse:

    Isso prova que estamos começando a engatinhar em falar em rastreabilidade, agora precisamos buscar tecnologias que facilitem a vida do pecuarista e dos frigoríficos pois o sistema ainda é muito complexo.
    Um passo muito importante que precisamos dar é CHIPAR o rebanho para facilitar os registros de manejo.
    Acompanhei pessoalmente a missão no RS, no frigorífico e em uma das propriedades auditas, o nível da missão foi um dos melhores que vi até hoje.

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