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UE: setor aguarda nova missão européia e autoridades estão otimistas

As autoridades brasileiras de defesa agropecuária estão otimistas com a nova missão veterinária da União Européia, que chegará ao país no próximo dia 20. E dizem que o sistema sanitário brasileiro está preparado para enfrentar mais está avaliação, após as mudanças feitas, principalmente no sistema de rastreabilidade e correção de falhas apontadas depois de visitas dos técnicos europeus em março de 2008.

As autoridades brasileiras de defesa agropecuária estão otimistas com a nova missão veterinária da União Européia, que chegará ao país no próximo dia 20. E dizem que o sistema sanitário brasileiro está preparado para enfrentar mais esta avaliação, após as mudanças feitas, principalmente no sistema de rastreabilidade e correção de falhas apontadas depois de visitas dos técnicos europeus em março de 2008.

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o treinamento de 600 fiscais, delegação aos Estados para fazer auditorias, reequipamento do setor, maior participação do setor privado e melhoria na fiscalização do trânsito doméstico e internacional de animais, além do reforço na vigilância epidemiológica, melhoraram a estrutura do sistema de defesa sanitária. “Criamos uma estrutura para atender a legislação deles e garantir compatibilidade dos dados”, diz o secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz.

Mesmo esperando maior cobrança dos europeus, as autoridades brasileiras estão animadas pelo fim do embargo à carne brasileira, a ampliação dos Estados habilitados para a exportação à UE e o crescimento da lista de fazendas aptas a fornecer gado aos europeus. Segundo Kroetz, a lista de fazendas já chegou a 733 habilitações. “E amanhã [hoje] segue outro lote com mais 45 propriedades”.

Existe também otimismo em relação à melhora na atuação das certificadoras. “O serviço das certificadoras está melhor agora. Não tenho receio, mas se tiver algo que explicar, não será nada complicado”, avalia o secretário da Agricultura de Minas Gerais, Gilman Viana.

Lista

O temor de que o número de fazendas habilitadas para exportar carne bovina para a União Europeia (UE) sofresse uma redução a partir do início de 2009 não se confirmou. Pelo contrário. A nova atualização feita pela UE indica que o número de cadastros aumentou em relação ao último levantamento de dezembro e que o Brasil já possui 733 propriedades habilitadas a exportar para o bloco.

O destaque da nova atualização é a presença de duas fazendas de Mato Grosso do Sul, último Estado brasileiro a ser reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa com vacinação. Do total, Minas Gerais tem 337 fazendas habilitadas, Goiás 146, Mato Grosso 120, Rio Grande do Sul tem 60, São Paulo possui 33, Paraná 18, o Espírito Santo 17, além das duas propriedades sul-mato-grossenses.

Prêmio

A queda na demanda europeia pela carne bovina brasileira a partir de novembro do ano passado, os frigoríficos deixaram de pagar o prêmio pelo animal rastreado, que variava entre R$ 10 e R$ 15 por arroba. Como o custo e a burocracia para manter uma fazenda habilitada não são desprezíveis, muitos pecuaristas e associações de produtores chegaram a imaginar uma queda no número de cadastros.

No final de novembro, o presidente da Associação Nacional de Confinadores (Assocon), Ricardo Merola, chegou a dizer que era um erro dos frigoríficos deixar de pagar o prêmio. “Entendemos que, por causa da redução da demanda e das quedas nos preços internacionais, os frigoríficos estejam revisando seus custos. Mas, se o pecuarista não permanecer motivado, ele vai perder o interesse por se manter nesse sistema”, disse, na época.

Fontes de algumas associações de produtores disseram que a orientação entre os associados é para se manterem cadastrados e, quem ainda não faz parte da lista, se apressar para ser incluído. Do lado dos frigoríficos exportadores, o pagamento do prêmio não está descartado, mas exige que a Europa volte a realizar suas compras. “Cedo ou tarde os prêmios voltarão a ser pagos e podem ser maiores dos que vinham sendo praticados. O mercado funciona desse jeito e quem tiver animais habilitados vai se beneficiar”, disse um representante das indústrias.

Na avaliação do diretor executivo da Assocon, Juan Lebron, o ano começou melhor do que se esperava no final de 2008. Segundo ele, o volume de abate nos frigoríficos está aumentando, a Rússia já dá sinais de que voltará a comprar carne em volumes representativos do Brasil e a própria União Europeia, aos poucos, volta a comprar. “O Chile também é dado como certo e é um importante comprador. Apesar da queda dos preços internacionais, o dólar compensa essa perda e o sentimento é de que o cenário não está tão ruim quanto se imaginava”, disse.

As informações são da Agência Estado e do jornal Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. walter meira cardoso junior disse:

    Fico satisfeito e parabenizo o MAPA pela perspectiva de aumentar a venda de animais abatidos para a Rússia e para própria UE.

    Porém nós produtores precisamos de incentivo por parte dos frigorificos para nos mantermos motivados a produzir cada vez mais gado com qualidade e rastreados para tal venda.

  2. José Manuel de Mesquita disse:

    Difícil acreditar que tudo esteja bem como mencionam.

    Neste curto intervalo de tempo não é possível consertar problemas estruturais, como os apontados pelos auditores europeus.

    Tomara que não seja maquiagem, afinal eles tem experiência suficiente para perceber tais “jeitinhos”.

    É melhor aguardar o témino da visita/auditoria para que a euforia não se transforme em decepção e revolta.

  3. Jose Antonio Rocha disse:

    Hoje no Brasil muitas destas propriedades ja tem med.vet. responsavel pelo trabalho desenvolvido na propriedade e muito importante, so falta estas propriedades serem mais valorizadas no comercio da carne.

  4. Mario Ribeiro Paes Leme disse:

    Parabenizo todos os produtores e fiscais que mesmo neste marasmo(?) dos frigorificos exportadores com relacao ao premio ao animal de um ERAS,ainda tentamos de todo jeito manter essa exportacao. Esperamos que nao haja nenhum embargo ao nosso comercio com UE ,pois todos se espelham nela,além de que todo mundo lá fora só joga pedra na nossa linda vidraca,de melhora em tudo que nos é exigido da parte sanitária e administrativa(papéis).

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