Os ministros da Agricultura da União Européia (UE) aprovaram no final de setembro planos para aumentar a produção de trigo e outros grãos nas 27 nações que compõem o bloco em meio à escassez no mercado mundial.
Os ministros da Agricultura da União Européia (UE) aprovaram no final de setembro planos para aumentar a produção de trigo e outros grãos nas 27 nações que compõem o bloco em meio à escassez no mercado mundial, informou o site Businessweek.com.
A comissária da Agricultura da UE, Mariann Fischer Boel, disse que o acordo ajudará os produtores a se prepararem para as colheitas do próximo ano e a aliviar sérios déficits. “A esperança é que isso aumente a produção em pelo menos 10 milhões de toneladas e diminua alguma pressão no mercado”.
A decisão significa que os produtores de grãos da Europa podem ignorar a lei de 1992 da UE que os proibia de plantar em 10% de suas propriedades agrícolas totais para a próxima estação produtiva. A lei chamada de retirada de terras (set-aside) foi designada a evitar a superprodução e preservar os habitats.
Boel disse que sua revisão das políticas de auxílio agrícola multibilionária da UE que será lançada em novembro considerará o descarte da lei de retirada de terras.
Oficiais da UE disseram que o aumento é necessário urgentemente para resolver as baixas colheitas na Europa, Austrália e outros locais neste ano.
As secas combinadas com as restrições existentes sobre quantas colheitas podem ser feitas levaram à instabilidade de preços no mercado na Europa e em outros locais do mundo. Até 2,914 milhões de hectares de terra extras serão disponibilizados para o plantio, disseram os oficiais da UE.
Neste ano, a colheita de grãos deverá ficar abaixo da do ano passado, de 266 milhões de toneladas, que também foi menor do que o normal, e a colheita do próximo ano não deverá tornar a encher os estoques mundiais.
Os estoques reserva de grãos da UE caíram dramaticamente para apenas 1 milhão de toneladas das 14 milhões de toneladas do ano passado para tentar suprir a escassez.