O Parlamento Europeu aprovou uma resolução pedindo a retomada imediata do processo para concluir um acordo de livre comércio entre a Europa e o Mercosul. O documento, porém, critica a "oscilação política" na América do Sul e indica a necessidade de ampliar o acordo para que se construa uma cooperação política que garanta a democracia.
O Parlamento Europeu aprovou uma resolução pedindo a retomada imediata do processo para concluir um acordo de livre comércio entre a Europa e o Mercosul. O documento, porém, critica a “oscilação política” na América do Sul e indica a necessidade de ampliar o acordo para que se construa uma cooperação política que garanta a democracia. Segundo a resolução, o diálogo deve ser mantido para que mudanças políticas não afetem interesses das empresas européias que queiram investir na região.
Segundo o deputado responsável pelo relatório sobre o Mercosul, Daniel Varela Suanzes, europeus e sul-americanos perderiam por ano 3,7 bilhões sem um acordo e, portanto, a formação do novo bloco deve ser uma prioridade da política externa de Bruxelas.
Os dois blocos voltam a se reunir no início de novembro, no Rio de Janeiro e, da parte do Mercosul, os diplomatas estudam formas de garantir uma proposta mais atraente para os europeus, com o objetivo de que Bruxelas aceite a abertura de mercado para bens agrícolas.
A resolução vai além e pede que, uma vez negociado o acordo, os dois blocos estudem a criação de uma associação. O entendimento incluiria um capítulo político para fortalecer o diálogo democrático, a luta contra pobreza e a proteção ambiental. O objetivo seria o de lidar com alguns obstáculos que continuam afetando as empresas européias. Um deles seria a volatilidade das moedas sul-americanas, além da forte dependência da região em relação ao dólar.
As informações são do Estadão/Agronegócios.