A partir de primeiro de junho, haverá uma nova regulamentação para 2012-13 na denominada cota 620 para exportar carnes de alta qualidade e tarifa zero para a União Europeia (UE): o volume subirá de 20.000 para 45.700 toneladas, essa será distribuída em trimestres e serão eliminadas as permissões de importação.
A partir de primeiro de junho, o volume de carne bovina permitido a ser exportado em 2012 e 2013 para a União Europeia (UE) pela denominada cota 620 subirá de 20.000 para 45.700 toneladas, e será distribuída em trimestres e serão eliminadas as permissões de importação.
Essa informação foi passada pelo gerente do Frigorífico Tacuarembó Marfrig, do Uruguai, Marcelo Secco, após dar palestra nas Jornadas Uruguaias de Buiatría, realizadas em Paysandú. Ele explicou que as permissões que os importadores conduziam em Bruxelas tinham distorcido um pouco o mercado, porque primeiro se obtinham e depois se negociavam; agora, a UE eliminou isso. O primeiro importador que chegar com o negócio é o primeiro que entra nesse mercado. As permissões serão habilitadas de forma trimestral, entre 9.000 toneladas e 12.000 toneladas e, no caso de que se supere o teto, o volume excedente terá que pagar imposto, disse Secco.
Ele espera que haja fluidez nos negócios e que se permita que o Uruguai desenvolva uma estrutura mais integrada com a reposição, o que terá que ir a um esquema de intensificação que permita chegar ao curral com animais de 22 a 23 meses com mais de 300 quilos – o que não é habitual – e pesar aos 120 dias com menos de 27 meses ao abate em média, 500 quilos.
Secco informou que o volume que não for cumprido em um trimestre pode passar ao seguinte. No entanto, ao fechamento do exercício agrícola de 30 de junho de 2013, deverá estar cumprida a cota total de 45.700 toneladas, para que, no mês seguinte, comece a nova cota.
Ele explicou que essa nova regulamentação evita a venda das licenças e torna o sistema mais cristalino. Agora, o desafio é competir com Estados Unidos, Nova Zelândia e Canadá. Sobre os riscos que representam os preços e os altos custos de produção, estimou que se podem amortizar mediante contratos. Mais que cobrir o preço, há que cobrir a relações de preços entre o novilho gordo INAC (Instituto Nacional de Carnes) e um novilho de curral. Hoje, o negócio permite que isso possa ser feito.
A Cota 620 gera também o desafio de que se possa seguir negociando bem e que não se transforme em um problema. Que ela não seja usada como um argumento para deprimir outras produções, por exemplo, os preços da cota Hilton para o Uruguai. Para esse novo exercício de 45.000 toneladas, se o Uruguai captar somente 10%, necessitaria de cerca de 45.000 novilhos com esse destino. No período atual, o país participou apenas com 1%, disse Secco.
A reportagem é do jornal El Observador, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.