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Uruguai aumenta prevenção contra aftosa

O Uruguai aumentou as medidas de prevenção para evitar que a febre aftosa, que afeta atualmente o continente asiático, possa passar as fronteiras do país através de algum viajante. O Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) fará provas adicionais para medir a imunidade de todo o rebanho.

O Uruguai aumentou as medidas de prevenção para evitar que a febre aftosa, que afeta atualmente o continente asiático, possa passar as fronteiras do país através de algum viajante. O Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) fará provas adicionais para medir a imunidade de todo o rebanho.

Não há casos de febre aftosa na região e a última epidemia do Uruguai já tem nove anos (outubro de 2001). Além disso, o país tem provas cientificas de que o vírus foi erradicado. No entanto, as autoridades levantaram a guarda ante ao aparecimento de aftosa no Japão, Coreia do Sul e China e o MGAP dispôs uma série de medidas adicionais para aumentar a prevenção considerando o impacto que gerou na economia o último episódio local.

Apoiado pelo presidente da República, José Mujica, e as associações pecuárias, o ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca, Tabaré Aguerre, anunciou que se aumentarão os controles nesse período de vacinação dos bovinos de menos de dois anos, que se cumpre durante todo o mês.

Além disso, serão aplicados maiores controles aos viajantes no Aeroporto Internacional de Carrasco e no de Colonia, revisando seus equipamentos e reinstalando os tapetes sanitários ao que se soma aumentar os cuidados em barreiras sanitárias. Também se elevarão os controles das vacinas que o Estado compra, se fiscalizarão rigidamente as rotas de vacinação, aumentarão as medições científicas para demonstrar que não existe circulação viral e se medirá a imunidade dos animais mais susceptíveis à doença (menores de dois anos).

Para Mujica, a aftosa “não é um problema dos técnicos, é um problema nacional, porque afeta a toda a economia”. Por isso, ele estimulou os pecuaristas a cumprir com a obrigação de vacinar e denunciar as possíveis suspeitas de casos clínicos que possam se confundir com aftosa. Ele disse confiar muito nos produtores uruguaios, sobretudo depois da experiência de 2001. Aguerre, que também é pecuarista, estimulou os produtores a serem “precavidos”. Para ele, a última barreira “está na confiabilidade do sistema de vacinação que o Uruguai tem e isso implica que todos os processos relacionados com a vacinação se façam ao pé da letra”.

Aguerre disse que a preocupação são os pontos de chegada de viajantes que possam estar vindo da Ásia, porque Japão, Coreia do Sul e China têm um importante comércio e há um crescente fluxo de negócios.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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