Nessa segunda-feira (06), o frigorífico uruguaio San Jacinto realizará o primeiro abate de gado para a cota de carnes de alta qualidade que a União Europeia (UE) outorgou a outros países, após a disputa da carne com hormônios com os Estados Unidos.
Nessa segunda-feira (06), o frigorífico uruguaio San Jacinto realizará o primeiro abate de gado para a cota de carnes de alta qualidade que a União Europeia (UE) outorgou a outros países, após a disputa da carne com hormônios com os Estados Unidos.Até agora, o Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) tem habilitados 39 estabelecimentos de engorda com capacidade máxima de 108.840 cabeças de gado bovino e várias dessas empresas estão com o gado confinado produzindo para a cota de alta qualidade da UE à qual o Uruguai, junto com Canadá, Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia, tem acesso.
O frigorífico San Jacinto (Nirea S.A.) realizará abate de pouco mais de 100 animais com destino à cota 620 da UE, que já cumpriram os 100 dias de confinamento e as exigências impostas pelos europeus no momento de criar essa cota.
Diferentemente da cota Hilton (que engloba um volume de 6.300 toneladas), na cota 620 são os importadores europeus que a manejarão. A cota passa a ser em julho de 45.000 toneladas, englobando carne dos cinco países habilitados até o momento. O MGAP é o que certifica que o gado destinado a essa cota cumpra com as exigências de alimentação impostas e, mais uma vez, a rastreabilidade aplicada pelo Uruguai ao seu rebanho bovino garantirá que os animais sejam menores de 30 meses.
O presidente do Instituto Nacional de Carnes (INAC), Luis Alfredo Fratti, recebeu a notícia com grande entusiasmo. “É muito bom que o Uruguai comece a aproveitar os espaços de comercialização que se vem gerando”. Fratti disse saber que estavam negociando com os importadores europeus dentro da nova cota. Ele disse que existe “um panorama favorável para 2012, porque os países que mais intervêm no mundo da carne não aumentaram a produção, alguns estão em baixa e o mundo segue demandando carne apesar da crise econômica internacional. O Uruguai deve aproveitar os espaços que vão se abrindo”.
A reportagem é do site El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Os espaços vão se abrindo para o Uruguai por competencia e não sorte. A pecuária é vital para a economia uruguaia e tem sido gerenciada com muita seriedade pelo governo e pela iniciativa privada. E a rastreabilidade plena de todo o rebanho é um dos alicerces desta política.