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Uruguai impulsiona sistema de rastreabilidade

O Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) do Uruguai planeja ter, a partir do próximo ano, todos os bezerros nascidos na primavera com identificação individual.

A iniciativa faz parte do que será o Sistema de Identificação Animal, que a secretaria do Estado pretende pôr em marcha de forma progressiva, para construir uma plataforma informativa que possibilite conduzir, no futuro, a rastreabilidade da carne. Este sistema de rastreabilidade possibilitará outorgar garantias máximas aos mercados importadores do produto.

Atualmente, a comissão especial de trabalho formada dentro do MGAP para definir como se desenvolverá a rastreabilidade uruguaia ainda não determinou qual será o identificador usado. Em uma primeira fase, o trabalho está concentrado na determinação de qual será a primeira etapa da plataforma que sustentará a informação que possibilitará rastrear do corte para trás, a história do animal até chegar ao nascimento.

Rastreabilidade progressiva

“A incorporação do Sistema de Identificação Animal será progressiva e começará com os bezerros que nascem a cada ano”, explicou o diretor do Projeto de Desenvolvimento Pecuário, Daniel Garín.

A meta do MGAP é que, até o fim de 2009, o Uruguai tenha quase todos os animais identificados. “Então, teremos que tomar decisões que ainda não estão planejadas, como por exemplo, determinar o que faremos com o remanescente de gado que estiver sem identificação, mas certamente será um número menor”.

Atualmente, o grupo de trabalho ainda não definiu se o método de identificação dos animais será eletrônico ou de leitura manual. Segundo Garín, entre os sistemas possíveis, estão “desde a combinação de dois elementos convencionais de leitura manual (brincos) até um de leitura manual e outro eletrônico”.

“Hoje, há sinais claros do mercado internacional de possíveis restrições da entrada em alguns mercados pela falta de identificação individual”.

Estímulo

Sem falar de obrigatoriedade, o integrante da comissão adiantou que se tratará de estimular os pecuaristas para que compreendam a necessidade de incorporar o novo sistema de identificação em seus bezerros. “Queremos impulsionar uma primeira etapa de aprendizagem (este ano) de nós mesmos, para ver como podemos buscar os estímulos mais convenientes para que as pessoas, voluntariamente, adotem a conduta de identificar todos os seus bezerros”, disse Garín.

O sistema que será instalado oficialmente tem dois componentes. “Um é o identificador” e o restante, “a gestão da informação para que fique em um suporte consultável”.

O que está claro é que a gestão da informação será financiada pelo Estado através do próprio Sistema Nacional de Identificação Pecuária, mas fica uma parte importante para resolver: o financiamento dos identificadores.

Fonte: El País, adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Luiz Fernando Azambuja Jr. disse:

    E o Brasil?

    O maior exportador de carnes do mundo, maior rebanho comercial… Nem sabemos o que somos na realidade.

    Querendo “simplificar”, vamos parar onde?