O diretor de Serviços Pecuários do Uruguai, Recaredo Ugarte, informou na segunda-feira que o país se mantém em alerta devido às suspeitas do surgimento de focos de febre aftosa no Paraguai e considerou que o fato atrasará a resposta do Canadá e dos EUA com relação à compra de carnes desta região.
Ugarte disse que o Uruguai não tem problemas com esta doença e informou que a partir do mês que vem começará a vacinação dos animais jovens, de até um ano de idade. O restante do rebanho, que contém cerca de 10 milhões de cabeças, já está vacinado, após o foco de aftosa que acometeu o país no ano passado, gerando perdas de mais de US$ 500 milhões.
Ugarte considerou que, apesar do foco de aftosa ainda não ter sido confirmado no Paraguai, somente a suspeita da existência destes “levará a um atraso na resposta do Canadá e dos EUA” para comprar carnes uruguaias, bem como no que se refere à União Européia (UE). “Já sabemos que estes governos iniciaram consultas formais para conhecer a situação”.
Medidas preventivas
O Uruguai está aumentando os controles na fronteira, com a inspeção de veículos e pessoas que procedam de locais onde há suspeitas de focos de aftosa, segundo informaram as autoridades sanitárias do Ministério da Pecuária uruguaio. Porém, o país não pretende fechar suas fronteiras no momento.
O Uruguai teve perdas de mais de US$ 500 milhões nas exportações de seu principal produto comercial com o surgimento de focos de febre aftosa no país em 2001. Além disso, o país perdeu o status de livre de aftosa sem vacinação, o grau internacional mais alto de sanidade que abre os mercados mais exigentes.
Fonte: The Associated Press, adaptado por Equipe BeefPoint