A investigação do primeiro caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) dos Estados Unidos, que começou em 23 de dezembro de 2003, quando uma vaca de uma fazenda de Washington foi diagnosticada com a doença, chegou ao final. O veterinário chefe do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e vice-administrador de Serviços Veterinários do Serviço de Inspeção Sanitária Animal e Vegetal (Animal and Plant Health Inspection Service – APHIS), Ron DeHaven, disse que as investigações epidemiológicas e os testes de DNA provam que a vaca positiva para EEB, que foi abatida em Washington em nove de dezembro de 2003, nasceu em uma fazenda leiteira em Calmar, Alberta, Canadá, em nove de abril de 1997. A vaca foi enviada aos EUA em setembro de 2001 juntamente com 80 outros animais da mesma fazenda de Alberta. Os investigadores localizaram 29 dos 81 animais, incluindo 14 considerados de maior risco.
A investigação epidemiológica para encontrar os animais adicionais do rebanho de origem levou a um total de 189 propriedades nos EUA. Foram conduzidos inventários completos nos rebanhos em 51 destas propriedades em três estados – Washington, Oregon e Idaho. Estes inventários envolveram a análise de identificação de mais de 75 mil animais. Todos estes inventários de rebanhos estão, agora, completos e uma análise apropriada está sendo realizada.
Um total de 225 animais de interesse foi identificado em 10 propriedades nestes três estados. “Animais de interesse” são definidos como animais que vieram ou poderiam ter vindo do rebanho de origem de Alberta. Todos os 225 animais foram sacrificados, e o teste de EEB apresentou resultados negativos para todos eles. As carcaças de todos estes animais foram descartadas em depósitos de lixo de acordo com as regulamentações federal, estaduais e locais.
“Incluídos nestes 225 animais de interesse estavam 28 que foram identificados como sendo parte do grupo de 81 animais que entraram nos EUA e, é claro, estes 81 incluem a vaca infectada. Também há um grupo de sete novilhas que foram identificadas de um grupo de 17 novilhas, que foram reconhecidas como sendo originadas do rebanho de Alberta. Não se acredita que todas as 17 novilhas entraram de fato nos EUA. Mas, no entanto, todas elas serão consideradas como risco mínimo devido à sua idade, bem como ao fato de que elas, também devido à sua idade, não teriam sido expostas à mesma fonte de alimentos que infectou o animal positivo”.
“Nós estamos muito confiantes de que os animais remanescentes, aqueles que não conseguimos identificar positivamente, representam um pequeno risco. Primeiro de tudo, muitos deles podem ter sido incluídos naquele grupo de 220 que não conseguimos rejeitar. Em segundo lugar, mesmo em países como o Reino Unido, onde a prevalência de EEB é bem maior, é muito incomum encontrar mais de um ou talvez dois animais positivos em um rebanho infectado. Qualquer um destes animais teria sido mandado ao abate nos EUA se tivesse dificuldade em se locomover ou mostrasse qualquer sinal de desordem no sistema nervoso, ambos consistentes com um animal com EEB clínica, de forma que estes animais seriam condenados ao abate e não entrariam na cadeia alimentar humana”.
Ele disse também que todos os animais abatidos depois de 12 de janeiro tiveram os materiais de risco especificado removidos, não sendo enviados para a alimentação humana. Ele disse também que a barreira aos alimentos dos animais, que foi colocada em prática há mais de seis anos, provavelmente evita a transmissão da doença. Além disso, aproximadamente duas mil toneladas de farinha de carne e ossos foram retidas, podendo potencialmente estar contaminadas com proteínas de bovinos infectados, e serão descartadas.
Fonte: MeatNews.com, adaptado por Equipe BeefPoint