O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) previu em relatório que a retomada dos embarques de carne bovina a grandes importadores, como a China, além da depreciação do Real, incentivarão a cadeia de produção de carne bovina brasileira a expandir a produção no ano que vem. O aumento será de 1,9%, para 9,6 milhões de toneladas equivalente carcaça (TEC). Para atender à demanda global por proteínas, frigoríficos brasileiros devem ampliar as vendas externas em 10% no ano que vem, somando 1,79 milhão de TEC.
A Rússia deve permanecer como o maior país importador do Brasil no período, mas mais uma vez deve apresentar compras limitadas – reflexo da queda nos preços do petróleo e da desvalorização do rublo. No que diz respeito aos embarques aos Estados Unidos, o USDA diz que exportadores nacionais esperam que as vendas comecem no início do ano que vem e que o País embarque 60% da cota destinada a “outros países”, que soma 64.805 toneladas ao ano. Já o consumo doméstico deve ficar estagnado em 2016 (+0,25%) e somar 7,88 milhões de TEC. O principal motivo é a crise econômica e política no País. Como fatores negativos desse processo, o USDA cita cortes impopulares feitos pelo governo, elevação de impostos, inflação e desemprego em alta, taxas de juros maiores e menor confiança dos consumidores.
Os preços da carne bovina em relação a opções de aves e suínos também limitam a expansão do consumo. No mercado do boi, o USDA diz que a oferta deve continuar restrita ao longo do próximo ano, reflexo das últimas estiagens, e que uma melhora só deve ocorrer em 2017.
Fonte: Estadão Conteúdo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.