Os exportadores de carne bovina da Argentina deverão aumentar os volumes embarcados em 2016. De acordo com estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), as vendas externas subirão em 21,7% no próximo ano, para 280 mil toneladas equivalente carcaça (TEC) – o maior volume registrado desde 2009. O avanço é um reflexo das expectativas de que o sucessor da presidente Cristina Kirchner, independentemente do candidato, deve adotar políticas que favoreçam a cadeia produtiva.
Dentre as possíveis alterações estão a retirada de barreiras à exportação, menores impostos e até desvalorização da moeda nacional. Como os brasileiros, os argentinos também aguardam formalidades para embarcar aos Estados Unidos e esperam embarques no início do ano que vem. O USDA nota que vendas à China têm aumentado e devem continuar a crescer, apesar da desaceleração econômica e da queda do yuan.
Por outro lado, a Argentina deve ter a menor produção em quatro anos, estimada em 2,68 milhões de TEC, com queda de 2,2% ante 2015. A retração é explicada pela retenção de fêmeas, processo iniciado em resposta a expectativas de melhora para o setor no futuro. Isso deve resultar em expansão do rebanho, a 53,2 milhões de cabeças em 2016 – maior nível desde 2008. Já o consumo doméstico deve recuar 4,4% a 2,4 milhões de TEC, impactado pela menor oferta de carne bovina no mercado nacional. O consumo per capita anual deve baixar a 56 quilos no ano que vem, de 59 quilos este ano.
Fonte: Estadão Conteúdo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.