Os preços da vacina antiaftosa nas revendas agropecuárias de Campo Grande estão até 18,7% mais altos em relação aos valores praticados em novembro, quando aconteceu a última etapa de vacinação antiaftosa. A dose que custava R$ 0,80 pode ser encontrada hoje variando de R$ 0,90 a R$ 0,95 nas revendas da Capital. O motivo da alta, segundo alguns comerciantes, seria a oscilação do dólar, que acabou elevando o valor do produto.
No entanto, alguns empresários, como Luiz Antônio Hortêncio, da Vetmais, discordam que a alta seja provocada pelo dólar. Segundo ele, as vacinas estão sendo produzidas no País, com matéria-prima 100% nacional. Além disso, desde novembro, o dólar está em queda.
Ele destacou ainda que o movimento de vendas de vacinas antiaftosa está fraco na revenda porque as chuvas estão atrapalhando o início da vacinação.
Este ano Mato Grosso do Sul tem previsão de utilizar 36,8 milhões de doses de vacina antiaftosa. Nesta etapa de imunização de bezerros, iniciada no sábado, já está prevista a utilização de quatro milhões de doses.
Brucelose
Além de vacinar contra a aftosa, os produtores rurais do Estado têm, obrigatoriamente, que imunizar fêmeas de três a oito meses contra a brucelose. O custo da dose de vacina contra a brucelose varia de R$ 0,38 a R$ 0,48 nas revendas.
A vacinação contra a brucelose está encontrando uma barreira entre os pecuaristas. É que, para adquirir os medicamentos, o produtor é obrigado a apresentar um receituário de médico veterinário que seja credenciado no Programa Nacional de Erradicação da Brucelose e Tuberculose junto ao Iagro (PNCEBT). “A medida é obrigatória e só vendemos a vacina se o produtor tiver o receituário. Isso vem gerando uma certa resistência por parte dos pecuaristas, mas está sendo vencida com a conscientização e a importância do acompanhamento do profissional”, frisou Hortêncio.
Fonte: Correio do Estado (por Rosana Siqueira), adaptado por Equipe BeefPoint