Wesley Batista (JBS): receita crescerá 15% em 2012, alcançando R$72 bilhões

O presidente do Grupo JBS, Wesley Batista, disse que a receita anual da companhia em 2012 será de R$ 72 bilhões, aumento de 15% na comparação com 2011. Segundo ele, esse crescimento se dará por meio de expansão dos negócios já existentes (50%) e por aquisições (50%). Para o executivo, apesar da alta do custo de produção da carne de frango, decorrente da elevação dos preços internacionais dos grãos, a atividade traz bons resultados para a companhia. “Esperamos altíssimo retorno com o negócio de frango no Brasil”, disse durante entrevista, em São Paulo. Conforme Batista, o aumento da despesa será repassado ao preço final do frango. “Não é fácil fazer isso, mas teremos de repassar”, afirmou.

Em relação às dificuldades enfrentadas pelo agronegócio para embarcar e desembarcar produtos nos portos, em meio a greve de fiscais e limitações de movimentação por conta de leis trabalhistas, Batista disse que a empresa tem conseguido embarcar “volume expressivo”, ainda que “abaixo do esperado”. “Isso atrapalha o setor e atrapalha o País”, avaliou. “Estamos ansiosos pela solução deste problema.”

Questionado sobre se a opção de diversificar a produção em carne bovina, suína e de frango é uma estratégia acertada num momento em que alguns desses setores passam por dificuldades, Batista foi taxativo: “A diversificação de proteínas é mitigação de risco.” Ele enfatizou que essa é a estratégia do JBS, que tem levado a empresa ao sucesso.

Em relação especificamente à carne bovina, o executivo diz que o setor colhe os resultados obtidos com a retenção de matrizes, que levou a uma maior disponibilidade de animais. Esse ciclo positivo, segundo ele, deve se manter nos próximos anos, elevando a produtividade e favorecendo as margens. Isso já será visto nos resultados neste segundo semestre, de acordo com ele.

Em 2012, a JBS completa cinco anos de abertura do capital e, segundo Batista, a empresa teve um ciclo de muitos investimentos, que permitiram a expansão do grupo. Ele afirmou que o foco a partir de agora é reduzir a alavancagem e o endividamento. No tocante à Argentina, Batista avalia que o setor ainda enfrenta dificuldades no país, e por isso não há planos de expansão na região. Mas Batista diz que o país do Mercosul tem imagem reconhecida como produtor de carne, e por isso a empresa continuará presente lá para quando o setor voltar a crescer.

Fonte: Agencia Estado, resumida e adpatada pela Equipe BeefPoint.