O governo uruguaio anunciou na sexta-feira, através do vice-ministro da Pecuária, Martín Aguirrezabala, a intenção de promover a vacinação maciça de todo o rebanho bovino contra a febre aftosa. A decisão fará com que o país perca o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação, conquistado em 1986. No início tentou-se evitar que isso acontecesse, promovendo o sacrifício dos animais nas zonas infectadas.
Até o momento, foram confirmados 190 focos de aftosa em todo o País, e somente três departamentos – Montevidéo, Maldonado e Lavalleja – não registraram nenhum caso da doença. As 10,4 milhões de cabeças de gado serão vacinadas contra a febre aftosa antes do dia 21 de maio, como determinado pelo governo, e 60 dias depois será aplicada a segunda dose da vacina.
A estratégia será regional, e coordenada com os países do Mercosul. Dessa forma, o Uruguai pretende vacinar a fronteira com o Brasil, a fim de formar um cordão sanitário que evite a difusão da doença no país vizinho.
Nas próximas duas semanas, será feita a primeira vacinação de todos os bovinos. Os técnicos explicaram que o vírus que afeta o país é o do tipo “A”, desconhecido até agora na América do Sul, e cuja primeira presença foi detectada na Argentina, de onde expandiu-se ao Uruguai. Segundo eles, trata-se de um vírus “atípico” porque o gado doente recupera-se em poucos dias, diferentemente daqueles que habitualmente surgiram na região, que provocavam a morte por inanição dos animais, em conseqüência das feridas na boca.
O governo uruguaio também decidiu que a vacinação deve começar pelo norte e leste do País, na fronteira com o Brasil, como proteção estratégica regional.
fonte: PortalAgro, adaptado por Equipe BeefPoint