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Abiec aposta em maior recuperação das exportações

O presidente interino da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Otávio Cançado, previu nessa segunda-feira (30), na Expointer, que acontece em Esteio/RS, uma receita superior a US$ 5 bilhões com a exportação de carne bovina brasileira em 2010. De acordo com o dirigente, o Brasil deve voltar aos níveis de 2008 quando a exportação foi recorde, atingindo US$ 5,3 bilhões.

O presidente interino da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Otávio Cançado, previu nessa segunda-feira (30), na Expointer, que acontece em Esteio/RS, uma receita superior a US$ 5 bilhões com a exportação de carne bovina brasileira em 2010. De acordo com o dirigente, o Brasil deve voltar aos níveis de 2008 quando a exportação foi recorde, atingindo US$ 5,3 bilhões.

O bom momento de mercado brasileiro, na sua avaliação, é reflexo do mercado mundial e do trabalho de promoção da carne brasileira no exterior, através da parceria ABIEC-APEX do Brasil. “Mesmo em anos de crise, estamos expandindo nossas exportações. A manterem as previsões atuais, de crescimento de 20% a 25% ao mês, voltaremos a exportar algo próximo a US$ 5,1 bilhões”, antecipou.

Otávio Cançado participou na Expointer, da renovação de convênio do Projeto Brazilian Beef entre a Abiec e a APEX-Brasil em que está previsto o aporte de R$ 4,9 milhões nos próximos dois anos para ampliar a participação brasileira no mercado mundial de carne bovina.

Na prática, o convênio refletirá em feiras no exterior, em marketing da carne, propiciando a vinda de formadores de opinião (jornalistas) ao Brasil, bem como a participação em workshop em países específicos, explicou o presidente interino da ABIEC.

Promover a carne brasileira, mostrar ao mundo que o Brasil tem qualidade, preço e sanidade, é muito importante, enfatizou, lembrando que em 2000 éramos um pequeno exportador, com pouco mais de US$ 500 milhões, e hoje somos o maior exportador, em valor e em volume do mundo.

Já o diretor de Negócios da APEX-Brasil, Maurício Borges, destacou a importância do convenio para a diversificação de mercado e aumento das exportações. Segundo Borges, de 2001, época em que foi firmado o convenio com a Abiec, a 2010, houve investimento significativo das empresas em nível de tecnologia e de qualidade e isso mostrou um resultado para o mercado mundial de alavancagem das exportações, com o Brasil abrangendo mercados potenciais como o europeu e árabe.

China

Segundo Cançado, o Brasil poderá ter boas noticias da China para carne bovina in natura ainda esse ano, por volta de outubro ou novembro. Ele informou que já foi aprovada a habilitação de 14 frigoríficos para carne in natura ao país e que para o ano que vem esse volume deve aumentar.

“Esperamos que os chineses comecem a importar, mas ainda há dúvida se haverá ou não necessidade de licença de importação prévia, reconheceu, lembrando que o mercado de aves enfrentou esse problema. O mercado foi aberto, mas precisa de licença de importação”, observou.

A matéria é de Vanda Araújo, da Safras & Mercado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Evándro d. Sàmtos. disse:

    Bom dia,

    No meu entendimento a ABIEC é uma importante ferramenta para o setor frigorífico.

    Porém,a meu ver,a ABIEC precisa entender que é uma célula que fomenta a cadeia produtiva,sendo,esta entidade poderia e deveria ser mais participativa,além do que diz respeito às exportações.

    Me parece muito auspicioso o fato das exportações estarem melhorando,podendo alcançar os níveis mencionados na matéria.

    Mas as pergunta são:

    1)Haverá boi / vaca para atender o mercado interno e externo?
    2) Quais serão os exportadores? [considerando o fechamento de varias plantas,por falta de animais para abate e recuperação judicial,por conta de questões ligadas a manipulações nos valores das @s (físico) e das carnes oriundas (atacado e varejo)].

    Entendo que a ABIEC tem interesse comum a toda à cadeia,ou seja,que esta continue a existir,com diversificação de atores,ou interessa a ABIEC que existam menos ou poucos (pouquíssimos) frigoríficos?

    Julgo realmente importante divulgar o produto cárneo por intermédio do selo Brazilian Beef.

    Mas volto a crivar:Não haverá mais empresas (frigoríficos) no setor com diversidade de atores se não houver a transformação da coisa chamada frigorífico e gerida como tal,com todos os ranços do século passado.

    É fundamental que as pessoas comprometidas com o setor propagem à idéia de transformação de frigorífico para INDÚSTRIA DE ALIMENTOS,e de buscar,através de métodos sistêmicos a elevação do status de commodities para MARCA.

    Afirmo sem medo de errar,caso estas mudanças não ocorram logo,em curto prazo não teremos mais a diversidade que ainda temos em nosso setor,com empresas (frigoríficos) “sadias”,além de tão pouco, alguns poucos grupos privilegiados.

    Desta forma teremos bois?

    Teremos pecuaristas?

    O setor se tornará um feudo?

    Haverá necessidade da existência da ABIEC,ou de outras entidades do setor?

    O futuro próximo é hoje.Não podemos mais esperar,todos do setor podemos e devemos ser mais participativos e contribuirmos com a recuperação e a perenidade do mesmo.

    Saudações,

    EVÁNDRO D. SÀMTOS.

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