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AMI: pecuária dos EUA é ambientalmente responsável

O presidente e diretor executivo do Instituto Americano de Carnes (American Meat Institute - AMI), J. Patrick Boyle, escreveu em uma carta ao editor recentemente publicada no Washington Post que o comentário de Ezra Klein chamado "The Meat of the Problem", da edição de 29 de julho, foi "impreciso e não cientificamente baseado".

O presidente e diretor executivo do Instituto Americano de Carnes (American Meat Institute – AMI), J. Patrick Boyle, escreveu em uma carta ao editor recentemente publicada no Washington Post que o comentário de Ezra Klein chamado “The Meat of the Problem”, da edição de 29 de julho (clique aqui para ler o artigo), foi “impreciso e não cientificamente baseado”.

A carta de Boyle diz que o uso de Klein do relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), “Livestock´s Long Shadow”, como base para sua afirmação de que o setor pecuário é responsável por 18% das emissões de gases de efeito estufa mundialmente é errado, notando que o relatório da Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos EUA em 2007 concluiu que somente 2,8% das emissões de gases de efeito estufa dos EUA vêm da agropecuária.

Atribuir números mundiais para as emissões de gases de efeito estufa dos EUA não é apropriado, disse Boyle, porque os sistemas de produção nos EUA diferem notavelmente na seleção genética, práticas de alimentação animal e outras tecnologias.

“Designar uma porcentagem de emissões globais ao sistema dos EUA é equivocado porque a vasta maioria das emissões globais de gases de efeito estufa é atribuída à produção pecuária resultante do desmatamento e da conversão de florestas tropicais e outras terras em cultura agrícola ou pastagem, o que não ocorre nos EUA”.

As emissões de gases de efeito estufa na indústria agropecuária dos EUA desde 1990 têm permanecido quase constante, mesmo com a produção de carne aumentando em quase 50%, a produção de leite aumentando em 16% e a produção de ovos aumentando em quase 33%, disse ele.

“O setor de proteína animal nos EUA é ambientalmente e socialmente responsável e nós tentamos fornecer o produto mais seguro, mais abundante e mais saudável para os consumidores domesticamente e mundialmente”. Clique aqui para ler a carta na íntegra.

A reportagem é do MeatPoultry.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Luiz Augusto Ribeiro do Valle disse:

    Onde andam as nossas “AMIs “.Os dados das emissões dos desmatamentos tambem estão errados.São superestimados.

  2. Jose W. L. Santos disse:

    A quem interessar possa:

    Vejam que piada mais desconcertante:

    “O setor de proteína animal nos EUA é ambientalmente e socialmente responsável e nós tentamos fornecer o produto mais seguro, mais abundante e mais saudável para os consumidores domesticamente e mundialmente”

    Morando atualmente nos Estados Unidos, a conclusão clara e longe de qualquer margem de dúvida é de que esse texto é uma grande piada de mau gosto!

    “ambientalmente”: uma das atividades mais poluentes da agroindústria americana, com destinação imprópria de dejetos (toneladas deles), vazamentos constantes para os cursos d’água e lençóis subterrãneos e contribuição significativa para o efeito estufa.

    “socialmente”: a cadeia produtiva de carne dos EUA não podia ser mais irresponsável; ela é conivente com a imigração ilegal de mexicanos que são tratados como semi-escravos nos CAFOS e nas áreas de processamento. Casos absurdos de acidentes de trabalho (mutilações) devido a mão de obra não treinada e falta de segurança no trabalho são cotidianos.

    “produto seguro, abundante e saudável”: verdade seja dita, o produto é abundante, sem dúvida. Seguro e saudável, sem a menor chance. Existem diversos casos de outbreaks de cepas resistentes e fatais de E. coli COMPROVADAMENTE provenientes de carne contaminada com ESCREMENTO nas indústrias de processamento de proteína animal americanas. O gado no confinamento é alimentado com restos de outros bovinos (inclusive de vacas leiteiras tratadas com hormônios por toda a vida útil) e milho. O resultado é um produto com sistema imune comprometido e mantido a antibióticos cada vez mais potentes.

    Essa, meus caros Srs., é a verdade sobre a indústria de proteína bovina americana no geral. Absurdos de natureza semelhante se repetem nos confinamentos de aves e porcos também. Para os que quiserem mais detalhes, assistam o filme ´Food, Inc.´, ou leiam os livros do autor Michael Pollan (por exemplo, ‘Omnivore´s Dilemma’).

    Prova clara e resultante de tudo isso é o movimento contra a carne proveniente dessas indústrias e o crescente apoio à produção de boi a pasto por fazendas de produção orgânica (que Brasil não necessariamente recebem esse nome e geram carne de excelente qualidade e, essa sim, abundante, segura, saudável).

    Uma mensagem de otimismo que fica é que nós, pecuaristas brasileiros, apesar dos desacertos e tropeços que são comuns a uma tecnologia em crescimento, produzimos com qualidade e devemos nos orgulhar do nosso rebanho e da nossa carne a pasto.

    E tenho dito!!!

    Dr. José Leôncio

  3. renato morbin disse:

    Tanto a Europa quanto os EUA escondem por tras de suas “exigências sanitarias” barreiras comerciais fortissimas contra paises produtores de carne e grãos. Se não bastassem os subsidios dados aos seus produtores exigem de nós fazendas habilitadas, animais rastreados, o não uso de residuos animais como farinha de carne, farinha de sangue, cama de frango e tambem o não uso de hormônios. Por la, lendo a carta muito interessante do Sr. José W.L. Santos, parece até que a história é outra, principalmente quando ele fala que bois confinados são tratados com restos de outros animais ( provavelmente com farinha de carne e ossos ).Gostaria até de checar melhor essa informação.
    A pouco tempo recebendo a visita de uns amigos portugueses que criam e abatem bois em Portugal, fui informado que por la eles gastam na recria e engorda de um boi, uma média de U$ 80,00 em medicamentos e principalmente em antibióticos.
    Bem, parece que estamos com uma vantagem muito grande sobre eles, podemos dobrar a nossa produção sem desmatar mais nem um ha e temos instalada uma industria frigorifica das mais modernas do mundo.
    Apesar das dificuldades estamos perto de começar a colher os frutos de todo esse trabalho.

  4. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Renato, os restos a que ele se refere são a gordura das aparas, que é derretida e volta na ração. Como lá a carne tem de ser extremamente marmoreada, eles abatem bois castrados pesadíssimos e depois aparam bastante a gordura nos cortes. Coisa meio surreal.

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