A Argentina concordou ontem em submeter o rebanho bovino das províncias de Formosa e Entre Ríos a uma vistoria de técnicos da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura. É o que informa uma reportagem de Mauro Zanatta, publicada hoje no jornal Valor Online. Os animais também devem passar por “testes laboratoriais adicionais” para comprovar o status sanitário de livres de febre aftosa.
Entre 29 de janeiro e 5 de fevereiro, veterinários do governo brasileiro, acompanhados por funcionários do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), farão a vistoria na Argentina. “A medida busca dissipar de modo claro e inconteste todas as dúvidas que pairam sobre a credibilidade da vigilância agropecuária internacional exercida pela SDA”, diz uma nota divulgada ontem pelo Ministério da Agricultura.
A medida é uma resposta direta, porém parcial, ao pedido do secretário de Agricultura gaúcho, José Hermeto Hoffmann, de realização de uma “auditoria internacional independente” no rebanho argentino pelo Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa). Desde o último dia 8 de janeiro, o Rio Grande do Sul fechou as fronteiras do Estado ao trânsito do gado argentino. O ministério protestou contra a medida considerada unilateral. O governo do Estado manteve a decisão e forçou a vistoria.
Após os oito dias de trabalhos de campo, haverá reunião de avaliação entre os técnicos de ambas as secretarias no dia 6 de fevereiro, em Buenos Aires. No encontro, serão analisados os resultados das vistorias e os efeitos das políticas conjuntas adotadas para o controle da aftosa na região.
Por Mauro Zanatta, para Valor Online, 16/01/01