A cota 481, de carne de animais confinados, para a União Europeia (UE), está começando a operar “de forma fluida”, segundo avaliou o consultor pecuário, Víctor Tonelli. Ainda que com um volume baixo, os envios da Argentina a esse mercado já cresceram em 50%.
Diferentemente da cota Hilton, que é distribuída ao país e é para animais criados a pasto, a cota 481 é para animais terminados em confinamento (com grãos) e é manejada por importadores que decidem de quem comprarão as 48.200 toneladas entre seis possíveis fornecedores: Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Uruguai e Argentina.
Essa cota requer animais com menos de 100 dias, terminados em confinamento e não menos de 30 meses de idade, mas a cota 481 apresenta outras diferenças com relação à Hilton, não somente pelo tipo de alimentação dos animais, mas também, pelas tarifas de entrada e possibilidades de integração para a indústria frigorífica.
Sua carne entra na Europa sem pagar tarifas, contra 20% da cota Hilton. Além disso, permite que a indústria coloque mais cortes. Para a cota 481, pode ser 18 cortes, contra oito da Hilton. A Argentina na Hilton envia quatro cortes (lomo, cuadril, bife ancho e bife agosto) e começou com 13 da cota 481.
Nesse contexto, no período de 2015/16, que finalizou em 30 de junho, a Argentina exportou 2.200 toneladas nessa cota, 50% a mais que no período anterior. Apesar do crescimento do país, é um volume baixo, considerando as 48.200 toneladas da cota total oferecida ao mercado europeu.
Segundo Tonelli, o preço de venda FOB da Argentina oscila entre US$ 9.000 e US$ 9.700 por tonelada exportada, que depende muito do conjunto de cortes embarcados.
Embora para a Argentina essa cota tenha iniciado há um ano e meio, houve demoras para a chegada a esse mercado. “A demora se deveu ao fato de os produtores, assim como os frigoríficos, terem precisado aprender como preparar os novilhos, por um lado, e como integrar isso ao negócio, por outro”.
Fonte: La Nación, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.