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Argentina: exportação de carnes segue complicada

Obrigação de vender no mercado interno uma tonelada de cortes baratos para cada duas toneladas exportadas, somada ao custo crescente do gado gordo, tornam o negócio exportador cada vez menos atrativo.

A entrega dos registros de operações de exportação (ROEs) de cortes frescos bovinos por parte da Secretaria de Comércio Interior da Argentina segue condicionada à comercialização de uma tonelada de carne a preços “populares” no mercado local por cada duas toneladas autorizadas para exportação.

Segundo consórcios de empresários pecuaristas exportadores, a obrigação de vender no mercado interno uma tonelada de cortes baratos, somada ao custo crescente do gado gordo, tornam o negócio exportador cada vez menos atrativo.

O preço de referência do novilho pesado mestiço (+441 quilos) está, atualmente, em torno de 16,50 a 16,80 pesos (US$ 3,92 a US$ 3,99) por quilo (carcaça) versus 15,50 a 15,80 pesos (US$ 3,68 a US$ 3,75) por quilo há dois meses, segundo dados do Centro de Consignatários Diretos de Gado. Além disso, segundo indicam as fontes, segue difícil conseguir as licenças de exportação a tempo de forma a poder coordenar de maneira ordenada os pedidos com os embarques.

Por outro lado, a quase três meses do início do ciclo comercial de 2011/12, o Governo nacional segue sem distribuir a cota Hilton 2011/12. A mesma situação ocorreu durante os ciclos comerciais de 2008/09, 2009/10 e 2010/11 e o resultado foi que, nesses três anos, a Argentina não conseguiu cumprir com 100% da cota Hilton de 28.000 toneladas anuais concedida pela União Europeia (UE) ao país.

No ciclo atual, a Argentina dispõe de uma cota total de 30.000 toneladas, que começou a ser distribuída de maneira informal pelo secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, a alguns proprietários de frigoríficos próximos ao governo nacional.

As exportações argentinas de cortes frescos bovinos (não Hilton) de janeiro a julho de 2011 foram de 70.587 toneladas, 21% a menos que a registrada no mesmo período de 2010, segundo dados do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa).

Em 21/09/11: 4,20011 Peso Argentino = US$ 1 (Oanda.com)

A reportagem é do site argentino Infocampo, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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