Até o final desta semana, será anunciado oficialmente o início da segunda fase de vacinação contra a febre aftosa em todos os rebanhos bovinos da Argentina, segundo informações do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa).
O local eleito para dar início à nova fase da campanha de vacinação foi o departamento de Río Cuarto, em Córdoba, centro de produção pecuária, de carne e leite, do país, na região pampeana que inclui as províncias de Buenos Aires, Santa Fé e São Luís. A região está no centro da maior produção de carnes e lácteos argentinos. Além disso, nessa região estão localizadas as principais bacias leiteiras do país, uma atividade considerada prioritária pelo Senasa para receber a segunda dose de imunidade viral.
Outro foco do Senasa são os rebanhos de cria e invernada, que estão engordando nessa região, os quais, após receberem a segunda aplicação da vacina, poderão ser transferidos aos centros de comercialização, a fim de evitar maiores perdas aos produtores.
Devido à eficiência obtida com a aplicação da primeira etapa de vacinação nas propriedades rurais em todo o território argentino, o Senasa resolveu antecipar a inoculação da segunda dose, de modo a conseguir a cobertura de todos os rebanhos do país – cerca de 49 milhões de cabeças – até o final de setembro.
O adiantamento da data de vacinação dos rebanhos bovinos argentinos tem como objetivo central o de mostrar o cumprimento dos compromissos assumidos pelo Senasa com as autoridades sanitárias internacionais, em especial com as da União Européia (UE), cujos mercados compradores continuam fechados para as carnes argentinas.
Nesse contexto, o governo argentino espera que essas praças possam reabrir-se antes do final do ano, logo após a conclusão da segunda fase de vacinação, e após a apresentação ao Comitê Veterinário da UE da proposta de exercer maiores controles e de promover o aperfeiçoamento do programa antiaftosa vigente, implementado no dia 11 de abril. O programa do Senasa visa principalmente evitar o reaparecimento de novos focos de aftosa na Argentina, para que a enfermidade seja logo erradicada, permitindo que o país recupere a status de área livre de aftosa com vacinação, dentro de 4 anos.
fonte: E-campo, adaptado por Equipe BeefPoint