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Associação dos Criadores de Nelore espera repetir vendas de 2014

A venda de material genético de bovinos da raça nelore em leilões oficiais deve ficar estável em 2015, atingindo entre R$ 120 milhões e R$ 150 milhões, informou o gerente executivo da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), André Locateli.

Segundo Locateli, a pecuária vai na contramão da crise econômica, apresentando liquidez e preços da arroba em níveis superiores, o que pode estimular investimentos.

Para este ano são previstos 100 leilões oficiais, mesmo número de 2014. Locateli comentou que o grande desafio da cadeia de carne continua sendo a adoção maciça do uso de tecnologias que melhorem a qualidade do produto. Segundo ele, embora a raça nelore, que representa cerca de 80% do rebanho nacional de corte, com 110 milhões de cabeças, possa ser produzida com baixo custo, um salto de qualidade só ocorrerá com investimentos em tecnologia. O executivo diz que atualmente não há falta de recursos para investir em melhoramento genético. “O principal entrave é a burocracia para obter dinheiro nas linhas de financiamento”.

Por isso, atualmente, a remuneração da atividade tem sido propícia para investir em tecnologia na pecuária e no melhoramento de rebanhos, visto que, hoje, os preços dos animais são sustentados justamente pela falta de oferta de animais de reposição. Já no exterior, a venda de material genético atrai países das Américas do Sul e Central, como o México, embora este comércio ainda enfrente entraves sanitários por falta de acordos de exportação de material genético. Sobre a Ásia, Locateli informou que o interesse também é crescente.

Até a Índia, terra de origem da raça, se interessou pela genética do nelore brasileiro.

Fonte: Revista Globo Rural, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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