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Assocon: 8% dos confinamentos representaram 50% do total de animais confinados no país em 2011

Batizado pela Assocon como o primeiro "censo" da atividade, o levantamento evidencia a distância entre pequenos e grandes produtores do segmento no país. Naqueles 8% que costumam representar a metade de todos os animais confinados, a capacidade estática média é de 35 mil cabeças, sendo que a maior propriedade do tipo no país pode abrigar 140 mil animais de uma vez só.

Segundo levantamento da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), 877 unidades de confinamento somam capacidade estática de 2,7 milhões de cabeças e estão concentrados nas mãos de poucos produtores. No ano passado, apenas 8% das 849 propriedades que optaram por esse sistema de criação foram responsáveis por 50% dos 3,3 milhões de animais terminados em cocho em todo o país, aponta o estudo da entidade. “Esse é um padrão. Você tem muito boi em pouco confinamento”, afirma o gerente-executivo da Assocon, Bruno Andrade.

Batizado pela Assocon como o primeiro “censo” da atividade, o levantamento evidencia a distância entre pequenos e grandes produtores do segmento no país. Naqueles 8% que costumam representar a metade de todos os animais confinados, a capacidade estática média é de 35 mil cabeças, sendo que a maior propriedade do tipo no país pode abrigar 140 mil animais de uma vez só. Em contrapartida, os 92% restantes detêm uma capacidade estática média de mil cabeças. No levantamento da Assocon, o giro médio por propriedade foi de 1,2 vez a capacidade estática.

O gerente da Assocon reconhece que o universo de 877 unidades pesquisadas não é propriamente um censo, uma vez que só o cadastro da entidade tem 1,3 mil confinamentos. Muitos produtores não responderam os questionários feitos pela associação.

“O número deve ser maior que esses 1,3 mil, mas abaixo de 2 mil confinamentos”, diz Andrade, citando os confinamentos mais distantes e de pequeno porte que a entidade não conseguiu ter acesso. Se consideradas essas propriedades, o Brasil confina ao menos 4 milhões de cabeças ao ano, estima o executivo. O número é superior às projeções da própria Assocon. Neste ano, a entidade prevê que o Brasil confine cerca de 3,4 milhões de cabeças, mesmo patamar do ano passado.

Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

1 Comment

  1. José Alberto de Ávila Pires disse:

    Resultado semelhante à este da ASSOCON foi obtido em 2011, em Minas Gerais. Levantamento realizado pela EMATER/MG, identificou : Acima de 1.000 cabeças = 63 produtores (8,7%) = 190.000 cabeças ( 57% ); Abaixo de 1.000 cabeças = 658 produtores (91,3%) = 146.000 cabeças ( 43%). Produção estimada de carne: 80.000 toneladas ( 336.730 cab. X 240 kg /cab.) Abastecimento de 6,7 milhões pessoas, consumo de 12 kg/pessoa ( 80.000 t / 12 kg ), em 4 meses, período julho-agosto a outubro-novembro. Estes dados mostram como a prática da engorda de bovinos em confinamento é a forma mais segura de garantir o abastecimento de carne tanto para o mercado interno (principalmente) como para o mercado externo/exportações. E a importância dos confinamentos abaixo de 1.000 cabeças pelo grande número de pecuaristas envolvidos. Pena que este esforço dos pecuaristas confinadores não tem tido uma atenção para a definição de política para este setor… .

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