Austrália: seca impulsiona volume de abates e aumenta exportações de carne bovina

A seca que afetou as regiões dos estados do leste da Austrália continuou apoiando abates recordes de bovinos adultos durante o mês de fevereiro. Os altos níveis de produção direcionaram as exportações de carne bovina e de vitelo para 100.031 toneladas, 24% a mais que no ano anterior e confortavelmente o maior volume registrado em fevereiro.

Os Estados Unidos se tornaram o maior mercado de exportação da Austrália pela primeira vez desde março de 2013, comprando 23.644 toneladas, 39% a mais que no ano anterior, ajudado pelos preços consistentemente altos que atraíram os comerciantes a envios diretos à América do Norte. Pela mesma razão e ajudado pela menor competição com a Nova Zelândia, as vendas ao Canadá aumentaram em três vezes durante o mês, em 3.152 toneladas, alcançando o maior volume desde março de 2003.

As vendas ao Japão aumentaram em 5% com relação ao ano anterior, para 22.158 toneladas, e, embora os dados demonstrem que as condições estão lentas, a proporção de carne resfriada foi de 45% do volume total.

As exportações à Coreia durante fevereiro foram 32% maiores do que no mesmo mês do ano anterior, em 12.332 toneladas, continuando a forte demanda vista em 2013.

Os volumes exportados à China foram de 13.184 toneladas, 11% a mais que no ano anterior e o maior volume registrado para fevereiro. As exportações à Indonésia aumentaram em três vezes com relação ao ano anterior, para 6.071 toneladas, formando cinco meses consecutivos onde as exportações foram de mais de 4.000 toneladas pela primeira vez desde o meio de 2010.

Apesar de as exportações terem declinado em 8% com relação ao ano anterior ao Oriente Médio – embora comparado com um recorde em fevereiro, a demanda permanece firme – assistida pela barreira da Arábia Saudita à carne bovina brasileira.

Outros mercados onde as exportações foram altas incluem União Europeia (UE), com envios aumentando em 74% com relação ao ano anterior, para 1.950 toneladas, compreendendo 96% da carne resfriada, enquanto a demanda da Malásia também foi forte, em 1.428 toneladas, aumentando em 40% com relação ao ano anterior.

Fonte: Meat and Livestock Australia (MLA), traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.