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Bancos elevam projeções para JBS com avanços vindos da diversificação e frango

Alguns bancos elevaram suas projeções para os próximos resultados e para o preço-alvo das ações da JBS, após o forte desempenho obtido pela empresa no segundo trimestre deste ano, que foi reportado ao mercado em balanço financeiro na última semana. A companhia lucrou R$ 1,7 bilhão no período e a receita bateu recorde ao superar R$ 100 bilhões, com ajuda de sua diversificação geográfica e ganhos vindos dos negócios que operam na área de aves.

O Goldman Sachs aumentou as expectativas para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado da JBS, em média, em 4% para os anos de 2024, 2025 e 2026, “apoiado por um forte impulso de curto prazo para a PPC (Pilgrims’s Pride) e lucratividade consistente na Seara, Austrália e Brasil Beef”, conforme relatório assinado pelos analistas Thiago o Bortoluci e Nicolas Sussmann, divulgado nesta quinta-feira (22/8).

A PPC e a Seara atuam com aves e suínos, enquanto a referência sobre Austrália e Brasil considera o setor de carne bovina.

Com isso, o Goldman Sachs passou a estimar o preço-alvo das ações da JBS em R$ 39,90 por ação, avanço de 3% em relação aos R$ 38,70 projetados anteriormente. A indicação é de compra.

O banco alertou, no entanto, que os principais riscos para a companhia incluem o processo de dupla listagem nos Estados Unidos, a possibilidade de um novo excesso de oferta global de frango, uma recessão cíclica mais prolongada do que o esperado nos EUA, entre outros fatores.

Também nesta quinta-feira, o Citi divulgou um relatório, assinado por Renata Cabral e Tiago Harduim, em que eleva o preço-alvo da JBS de R$ 36 por ação para R$ 46 por ação, mantendo a classificação de compra.

Segundo os analistas do Citi, a dúvida que paira no mercado é se o aumento na lucratividade do setor de aves se manterá ao longo do segundo semestre.

“Acreditamos que o terceiro trimestre tem todas as condições para continuar as tendências positivas, com melhorias sequenciais nas margens das unidades de negócios da JBS (excluindo bovinos nos EUA) com pontos positivos nos negócios relacionados à avicultura, a PPC e a Seara”, afirmaram Cabral e Harduim.

Na visão do Citi, além do “boom” no segmento de aves, pesou sobre a tendência positiva o poder da diversificação. “Embora a carne bovina dos EUA deva enfrentar desafios com margens estreitando o ponto de equilíbrio, vemos a JBS sendo capaz de entregar fortes resultados no segundo semestre de 2024, com desempenho robusto em todos os outros segmentos”, disseram os analistas.

Os ciclos de carne bovina da JBS Brasil e da Austrália devem continuar a se beneficiar da alta disponibilidade de gado e a carne suína dos EUA deve estar a caminho de uma margem EBITDA de dois dígitos no ano fiscal de 2024.

Thiago Duarte e Guilherme Gutilla, do BTG, ressaltaram nesta quarta-feira (21/8) em relatório que o aumento de oferta de gado nos EUA ainda deve demorar um pouco para chegar. “Os ciclos do gado normalmente abrangem três anos, então é improvável que vejamos melhorias antes de pelo menos 2027”.

Ainda assim, em linha com os demais bancos, a visão é promissora para os demais negócios da JBS. O BTG passou a prever receita líquida de R$ 403 bilhões para o frigorífico em 2024, um aumento de 8% em relação às estimativas anteriores. A previsão para o Ebitda é de R$ 32,4 bilhões (+23%), com margem de 7,9% (-0,9pp).

“Mantemos nossa classificação de compra com um novo preço-alvo de R$ 47 (contra R$ 35 anteriormente)”, disseram os analistas do BTG.

Fonte: Globo Rural.

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