Os pecuaristas mato-grossenses interessados na modernização da atividade já podem se candidatar a uma das linhas de financiamento disponíveis no Banco do Brasil, para as quais foram destinados R$ 200 milhões para serem aplicados nos próximos quatro anos, segundo informa reportagem de Francisca Medeiros, publicada hoje na Gazeta Mercantil. Metade deste dinheiro provém do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e será usado para financiar a recuperação de pastagens degradadas (Propasto), correção de solo (Prosolo), a aquisição de máquinas e equipamentos para a pecuária leiteira (Proleite) e compra de tratores e colheitadeiras novos (Moderfrota). A fonte dos outros R$ 100 milhões é o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO).
O convênio de cooperação técnica entre Ministério da Agricultura, Secretaria de Estado de Agricultura e Assuntos Fundiários (SAAF), Banco do Brasil, Federação da Agricultura (Famato) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) foi assinado esta semana para agilizar os contratos. Dependendo da demanda, esses R$ 200 milhões iniciais podem ser reforçados com novos recursos. A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), fará o levantamento dos clientes potenciais e os apresentará ao Banco do Brasil, embora o crédito possa ser acessado diretamente pelos pecuaristas, sem o intermédio da Empaer.
Cada linha de financiamento tem normas específicas. De forma geral, o prazo de financiamento é de seis anos e dois de carência, com juros fixos que variam de 5% a 16% ao ano, de acordo com o porte. No caso do Propasto, são cinco anos de amortização com dois de carência e juros de 8,75%, também fixos.
Por Francisca Medeiros, para Gazeta Mercantil, 09/01/01