O Brasil está questionando a Argentina por manter em seu banco de vacinas a forma panasiática do vírus O, causador da febre aftosa, sem informar o Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa) sobre o fato. O temor, segundo a Confederação Nacional da Agricultura, é que o vírus de origem asiática, não existente na América do Sul, escape do laboratório argentino e contamine o rebanho do continente.
Bernardo Cane, presidente do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), lembra que foi a forma panasiática do vírus O que reintroduziu a doença no Reino Unido, e justifica a atitude pela necessidade de preparar o país para um eventual ataque do elemento exótico à América do Sul. Ele reconhece, entretanto, que o país deveria ter comunicado o fato ao Panaftosa.
Até hoje foram identificados sete tipos de vírus da aftosa no mundo todo: O, A, C, South African Tipos 1, 2 e 3 e o Asia. Os tipos que infestam o rebanho bovino sul-americano são o O1, A24 e C2.
fonte: Gazeta Mercantil (por José Alberto Gonçalves), adaptado por Equipe BeefPoint