Brasil ingressa no setor de irradiação de alimentos

A irradiação dos alimentos continua avançando, não somente nos Estados Unidos, mas em todo o mundo. Recentemente, a companhia situada em San Diego, SureBeam Corp., e a Tech Ion Industrial Brasil S.A., localizada em Manaus, anunciaram uma joint venture, chamada de Sure Beam Brazil, que dará suporte ao novo Centro de Excelência em Irradiação de Alimentos, localizado no Estado do Rio de Janeiro.

Segundo o reportado, o Centro de Excelência é mais um acordo milionário fechado entre o governo brasileiro e a indústria privada, no sentido de aprimorar o setor de irradiação e segurança dos alimentos no Brasil.

“Como primeiro país a adotar as recomendações de altas doses de irradiação nos alimentos feitas pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), o Brasil está tomando a liderança em um esforço internacional de acabar com as doenças transmitidas pelos alimentos e com o desperdício de alimentos, por estragarem”, disse Paisan Loaharanu, chefe do Joint Food and Environmental Protection da FAO e do IAEA. “A liderança do Brasil reflete o aumento da divulgação de que a irradiação dos alimentos pode fazer com que os alimentos demorem mais para estragar, ajudar o meio ambiente e garantir a segurança microbiológica alimentar.”

“Essa parceria é mais uma vantagem para a segurança dos alimentos e para o meio ambiente no Brasil”, disse José Francisco Bufara Medeiros, presidente da Tech Ion. “Essa parceria é uma excelente combinação entre a indústria, a tecnologia e o governo, proporcionando avanços na agricultura brasileira e em outras necessidades nacionais”.

Após totalmente construída, a expectativa é que a SureBeam Brazil seja o maior e mais completo sistema dedicado à segurança e preservação dos alimentos do mundo. A tecnologia usada pela SureBeam envolve o uso de eletricidade comercial para produzir raios eletrônicos de alta velocidade ou raios-x, para matar bactérias patogênicas e aumentar o prazo de validade do alimento. Essa tecnologia tem sido usada nos EUA para a eliminação de patógenos em carnes, como a E.coli O157:H7.

fonte: Meating Place (por Bryan Salvage), adaptado por Equipe BeefPoint