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BRF em fase de reestruturação da gestão dos negócios da empresa

As decisões serão anunciadas até a segunda quinzena de agosto. Na última reunião foram apresentados dados da empresa de consultoria contratada por Abilio para desenhar uma reorganização gerencial da BRF a fim de torná-la mais eficiente. Essa reestruturação deve implicar mudanças na gestão, cortes de custos e alterações na direção da empresa.

Na última terça-feira, o “núcleo duro” do conselho de administração da BRF se reuniu durante mais de seis horas para avançar nas decisões finais sobre a reestruturação da gestão dos negócios da empresa. Estavam presentes Abilio Diniz, presidente do colegiado, e representantes da Tarpon, da Previ e da família Fontana.

As decisões serão anunciadas até a segunda quinzena de agosto. Na última reunião foram apresentados dados da empresa de consultoria contratada por Abilio para desenhar uma reorganização gerencial da BRF a fim de torná-la mais eficiente. Essa reestruturação deve implicar mudanças na gestão, cortes de custos e alterações na direção da empresa.

A companhia buscará um aumento de eficiência e também a aceleração da expansão internacional. O preço na bolsa, como é função do mercado de ações, reflete essa perspectiva positiva, a despeito dos desafios atuais do setor.

A companhia está avaliada em R$ 42 bilhões. Pouco distante da máxima histórica alcançada em maio, quando beirou os R$ 43,5 bilhões.

A ideia, que nasceu antes da chegada de Abilio à companhia, prevê a criação de um escritório global da BRF ao qual estariam ligadas subsidiárias regionais.

A companhia chegou a fazer uma oferta pelas operações asiáticas da Keystone e pela Moy Park, ambas controladas pela Marfrig – numa operação estimada em R$ 2 bilhões. Não teve sucesso porque a JBS fez uma proposta melhor pela Seara, também controlada pela companhia.

A BRF vê na Ásia, no Oriente Médio e na África as melhores opções de regiões para se instalar no exterior, já que estes são mercados em crescimento, enquanto Estados Unidos e Europa já são mercados consolidados. Já olhou companhias nesses mercados que considera promissores, mas não conseguiu fazer aquisições. Prospectou, por exemplo, a Americana, no Kuwait, a mexicana Sigma, e a sul-africana Rainbow, todas empresas que atuam no segmento de processados de carnes.

A expectativa é que Abilio traga, além de modificações na gestão de recursos humanos, uma visão sobre as necessidades do consumidor final e a sensibilidade do varejo, por conta de sua trajetória em GPA, que resultem em diretrizes estratégicas importantes.

A visão dos acionistas é que a BRF, mesmo já sendo líder e com ampla atuação externa, tem ainda muitos avanços a fazer, em especial na agregação de valor dos produtos vendidos no mercado internacional. A avaliação é de que a companhia pode melhorar a venda de industrializados fora do Brasil, como forma de valorizar a reputação que já construiu com suas marcas.

A BRF é hoje uma companhia com receita líquida anual pouco abaixo de R$ 30 bilhões. Do total, cerca de 45% vêm do mercado externo. A elevação do dólar costuma naturalmente ampliar a participação das exportações na receita e na rentabilidade do negócio.

Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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