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Burger King tem novo sócio no Brasil

A rede americana de fast-food Burger King fechou um acordo com a gestora de investimentos Vinci Partners, de Gilberto Sayão. Serão sócios de uma nova empresa, a Burger King do Brasil, que será a master franqueada responsável pela gestão e o desenvolvimento da cadeia de lanchonetes no País. O valor do negócio não foi revelado, mas o jornal O Estadode S. Paulo apurou que a Vinci investiu R$ 500 milhões por meio de seu fundo de private equity.

A rede americana de fast-food Burger King fechou um acordo com a gestora de investimentos Vinci Partners, de Gilberto Sayão. Serão sócios de uma nova empresa, a Burger King do Brasil, que será a master franqueada responsável pela gestão e o desenvolvimento da cadeia de lanchonetes no País. O valor do negócio não foi revelado, mas o jornal O Estadode S. Paulo apurou que a Vinci investiu R$ 500 milhões por meio de seu fundo de private equity.

A meta da companhia recém-criada, de acordo com pessoas próximas, é ambiciosa: abrir mil lojas nos próximos cinco anos. “Será muito difícil”, diz Marcelo Cherto, consultor especializado em franquias. “Para uma expansão assim, não basta ter dinheiro, é preciso encontrar pontos para abrir as lojas e gente treinada, o que é escasso no Brasil.”

Entre alguns franqueados, a notícia do novo modelo de gestão causou desconforto. A preocupação está no fato de que a Burger King do Brasil poderá, ao mesmo tempo, abrir suas próprias lojas e definir regras para a expansão dos atuais franqueados – como a localização das novas lanchonetes.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o banco BR Partners, que há cerca de dois meses comprou o controle da maior franqueada da rede no Brasil, informou ver com preocupação um modelo que mistura os papéis de franqueadora e franqueados. “A relação entre ambos tem de ser de parceria, com atuações claramente delimitadas, sem qualquer conflito de interesses”, diz.

Até agora, a rede americana atuou no Brasil por um modelo de “franquias-condomínio”, formado por diversos pequenos investidores. Hoje são, ao todo, 11 franqueados. Para especialistas, essa escolha atrasou o crescimento da rede.

Após dez anos no País, o número de unidades do Burger King é o equivalente a um sexto do exibido pelo McDonald´s. A ideia de criar um grande grupo com maior capacidade de investimento na expansão veio no fim do ano passado, depois que o fundo 3G Capital, dos investidores brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira – principais acionistas da AB Inbev -, comprou o Burger King por US$ 4 bilhões.

“Nitidamente, a marca Burger King não se desenvolveu como poderia no Brasil. Então, faz sentido colocar um peso-pesado para controlar a operação. Mas é natural que os franqueados se sintam incomodados com a mudança, já que foi inserido um elemento novo em um jogo já em andamento”, diz Cherto.

O executivo Iuri Miranda, que assume como presidente do Burger King do Brasil, afirma que os novos planos de expansão da rede incluem os atuais franqueados. “Todos os contratos existentes serão respeitados”, diz. “No nosso ponto de vista, a figura de um master franqueado com lojas próprias não é conflitante com os atuais franqueados. Esse modelo já existe em outros países, como nos Estados Unidos, México e Espanha. O que queremos é que a rede acompanhe o crescimento do consumo no mercado brasileiro.”

Com um faturamento global superior a US$ 2,5 bilhões, o Burger King tem mais de 12,2 mil restaurantes em 76 países. A rede tem 108 lojas no Brasil, mercado que a companhia classifica, hoje, como prioritário.

A matéria é de Melina Costa, publicada no jornal O Estado de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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