Seja carne de gado criado a pasto ou em confinamento, a alimentação do animal tem um impacto direto no sabor da carne.
Mas quais são as principais diferenças entre essas duas formas de produção?
Essas informações se referem ao modelo de confinamento americano, que mantém os animais por longos períodos em dietas à base de milho. No Brasil, a maior parte do gado passa a vida a pasto e é terminada no confinamento por um curto período com dieta balanceada.
🌱 Carne de Gado Criado a Pasto: Sabor Intenso e Autêntico
O gado criado a pasto se alimenta de forrageiras ao longo de toda a vida, o que traz um sabor mais característico e naturalmente mais intenso.
A alimentação à base de gramíneas e leguminosas influencia diretamente no perfil sensorial da carne.
🔹 Sabor: Pode ser descrito como mais pronunciado, com notas herbáceas e um toque levemente terroso, já que o que o animal consome impacta diretamente nos compostos da gordura e da carne.
🔹 Textura: Geralmente, a carne a pasto tem uma textura mais firme, pois o animal desenvolve músculos mais densos devido ao maior nível de atividade.
🔹 Gordura: Apresenta uma coloração levemente mais amarelada devido à maior presença de betacarotenos, substâncias naturais das plantas que o gado consome.
Muitos consumidores apreciam esse sabor mais autêntico, pois remete a uma carne de origem mais natural e com menos interferência na dieta do animal.
🥩 Carne de Gado Criado em Confinamento Estilo Americano: Sabor Suave e Textura Extremamente Macia
Nos Estados Unidos, o confinamento é amplamente utilizado como sistema principal de engorda, onde os animais passam um longo período consumindo dietas altamente energéticas, predominantemente à base de milho e subprodutos agrícolas.
Esse modelo busca maximizar o marmoreio e garantir um padrão uniforme de carne no mercado.
🔹 Sabor: A carne de gado confinado por longos períodos tende a ter um sabor suave, ligeiramente adocicado, devido à alta ingestão de grãos como milho e cevada, que reduzem notas herbáceas.
🔹 Textura: A carne se torna extremamente macia, pois a dieta altamente energética favorece um alto acúmulo de gordura intramuscular, resultando em um efeito de autoumectação durante o cozimento.
🔹 Gordura: Apresenta um alto nível de marmoreio e gordura com coloração mais clara, tornando os cortes mais suculentos e valorizados em mercados que priorizam carne ultra macia.
Esse perfil de carne é amplamente apreciado nos EUA e em países onde o padrão de qualidade prioriza maciez e um sabor mais neutro, sendo o tipo mais encontrado em grandes redes de fast food e supermercados americanos.
A escolha entre carne de gado criado a pasto ou em confinamento vai muito além do sabor. Questões culturais, hábitos alimentares e até a forma de preparo influenciam diretamente na percepção de qualidade.
No Brasil, onde a carne a pasto predomina, os consumidores estão acostumados a um sabor mais intenso e uma textura um pouco mais firme.
Isso faz com que muitas pessoas prefiram a carne de animais criados soltos, valorizando a naturalidade do processo.
Nos EUA e em alguns países asiáticos, o padrão de qualidade valorizado é uma carne extremamente marmorizada, com sabor suave e textura muito macia.
Quem cresce com esse tipo de carne pode achar a carne a pasto “forte” ou “dura”, enquanto brasileiros podem sentir falta do sabor mais presente ao experimentar carne 100% de confinamento.
A verdade é que tanto a carne a pasto quanto a carne de confinamento podem ser de altíssima qualidade, cada uma oferecendo uma experiência gastronômica única!
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