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Carne bovina nos EUA em 2003, menor consumo e maiores preços

Os norte-americanos comeram menos carne bovina no ano passado, mas pagaram mais caro pelos bifes e hambúrgueres que consumiram à medida que os preços atingiram níveis recordes.

O ano de 2003 foi um bom ano para a indústria de carne bovina dos Estados Unidos, à medida que o maior gasto dos consumidores equilibrou o declínio de 4% no consumo, de acordo com a Associação Nacional dos Produtores de Carne Bovina dos EUA (National Cattlemen’s Beef Association – NCBA) e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Nem a descoberta de um caso isolado de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) em dezembro no Estado de Washington prejudicou o mercado, informou a NCBA, citando uma pesquisa feita pela indústria que mostrou que a confiança dos consumidores na carne bovina doméstica continua alta.

O caso de EEB prejudicou muito a exportação de carne bovina dos norte americana, uma vez que cerca de 65% dos países fecharam suas fronteiras ao produto daquele país. Porém, a demanda doméstica, que representa 90% de toda a produção de carne bovina dos EUA, está forte, especialmente para produtos de preços altos, como filés e lombo.

Analistas de mercado disseram que a perda nas exportações está produzindo um excedente de cortes de carne bovina de baixos preços, bem como de miúdos, itens que são populares em mercados estrangeiros. Isso poderá levar a uma redução nos preços da carne moída.

Os consumidores gastaram um valor recorde de US$ 67,3 bilhões em carne bovina no ano passado, mais do que os US$ 65,2 bilhões gastos em 2002. Os “booms” cíclicos ocorridos na indústria de carne bovina dos Estados Unidos haviam beneficiado anteriormente os frigoríficos e os varejistas deixando os produtores com poucas vantagens adicionais. Porém atualmente o benefício se converteu em favor dos pecuaristas dando a eles margens maior lucratividade após vários anos de preços baixos.

A NCBA afirmou que o índice consumidor/demanda – uma medida do consumo per capita e dos gastos dos consumidores – aumentou 5% no ano passado. Os maiores gastos, mais do que equilibraram o menor consumo produzindo desta forma, um índice maior.

Os oficiais da indústria pecuária norte americana atribuíram o fato ao aumento da popularidade das dietas de alto teor protéico, à maior introdução de produtos de carne bovina com maior conveniência e facilidade e ao aumento da consciência dos consumidores com relação aos atributos nutricionais da carne magra.

A queda no consumo foi causada pelos limitados fornecimentos e pelos altos preços – e não porque os consumidores não estavam demandando carne bovina, disse o diretor de pesquisa do Cattle-Fax, Dave Weaber.

Fonte: The Denver Post, adaptado por Equipe BeefPoint

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