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Chile restringe carne brasileira

O mercado interno começa a sentir os efeitos da suspensão das importações chilenas de carne bovina de alguns frigoríficos brasileiros. O preço do dianteiro deve recuar no atacado, diante do aumento da oferta do produto, destinado inicialmente ao Chile.

O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Luiz Carlos de Oliveira, disse que o bloqueio chileno não tem qualquer relação com problemas sanitários. Segundo o secretário, trata-se da necessidade de atendimento a alguns requisitos técnicos e cumprimento de regras quanto à tipificação de carcaças. O assunto deve ser tratado hoje pela equipe de Oliveira. Segundo o secretário, o bloqueio é apenas temporário. A informação sobre os números de frigoríficos afetados oscila entre 5 e 9, dos 15 a 20 habilitados a embarcar carne brasileira ao mercado chileno.

O impacto do bloqueio sobre o preço no mercado interno é explicado pela importância do dianteiro nas exportações para o Chile, destinado à produção de carne industrializada. No mercado interno, o preço do boi gordo mantém-se estável, em R$ 41,50 a arroba no noroeste paulista, com a pouca demanda compensada pela oferta pequena.

De acordo com o diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Ênio Marques, o Chile pode encerrar 2001 como o terceiro maior importador de carne bovina brasileira. Nos primeiros quatro meses deste ano, as vendas para o Chile somaram US$ 22,59 milhões, ou seja, 9,4% dos embarques, que proporcionaram receita de US$ 240,79 milhões. “Vale lembrar que o Rio Grande do Sul ficou fora do mercado chileno com o ressurgimento de focos de aftosa.”

fonte: Gazeta Mercantil (por Ellen Cordeiro e Ayr Aliski), adaptado por Equipe BeefPoint

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