O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina lançará em breve uma nova campanha de revacinação dos rebanhos bovinos, a fim de obter maior imunidade contra a febre aftosa. O cronograma deverá começar em julho na maioria das regiões do país.
A decisão foi tomada pelo presidente do Senasa, Bernardo Cané, durante uma visita a Patagones e Viedma, para analisar, junto aos produtores e funcionários, o andamento dos planos destinados a atenuar os efeitos da febre aftosa na Argentina.
“A atual situação da Argentina não chegou a estabilizar-se; estamos em um momento muito complexo, e se isso não é um escândalo diário, é porque a imprensa e os governos das províncias são comedidos, e estão dando um voto de confiança ao nosso sistema sanitário”, afirmou ele.
Cané disse que cada caso será estudado em particular, para que sejam analisadas as possibilidades mais eficientes, que tenham menos riscos. “Anteriormente, sob pressão de interesses particulares, já foram tomadas atitudes mais flexíveis, o que trouxe conseqüências desagradáveis”, disse ele, referindo-se às matanças de reprodutores feitas em 1993.
Quando questionado se as restrições que impedirão a Sociedade Rural Argentina de efetuar sua exposição vinculadas ao medo provocado pelo governo nacional com relação à enfermidade, ao invés de basear-se em dados científicos, Cané negou veementemente. “A suposição de que há algum fundo não técnico seria desconfiar de uma gestão do Senasa, que já deixou claro que é técnica e levará o assunto com todo o rigor científico”.
Cané reuniu-se também, em Viedma, com o vice-governador Bautista Mendioroz, com o ministro da Economia, José Luis Rodríguez, e com representantes do setor pecuário de toda a Província. Nessa reunião, foi solicitado maior controle das entidades ao sul de Buenos Aires. Cané já havia concordado com a solicitação, uma vez que confirmou que manteria a barreira de Río Colorado, e comprometeu-se a promover igual controle e La Adela.
Pecuaristas argentinos querem importar animais
Os ruralistas de Río Negro solicitaram ontem a Cané que agilizasse as medidas para favorecer a importação de bovinos do Chile, a fim de não provocar o desabastecimento de frigoríficos localizados na Zona Andina.
Com relação ao envio de fundos para promover o pagamento aos vacinadores, Cané respondeu que seria saldada a dívida na próxima campanha, prevista para outubro próximo.
Os dirigentes, encabeçados por Daniel Lavayén, solicitam que o Senasa cumpra as promessas de contratar veterinários que exerçam controles na Línea Sur e Sierra Grande, conforme convênio firmado anteriormente com o órgão sanitário.
fonte: E-campo, adaptado por Equipe BeefPoint