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China deverá controlar preços de alimentos

A China anunciará controles de preços de alimentos e reprimirá duramente a especulação em artigos agrícolas de primeira necessidade para conter a pressão inflacionária. Essa pressão foi destacada como um risco pelo presidente do banco central do país, ontem (16).

A China anunciará controles de preços de alimentos e reprimirá duramente a especulação em artigos agrícolas de primeira necessidade para conter a pressão inflacionária. Essa pressão foi destacada como um risco pelo presidente do banco central do país, ontem (16). Com os preços ao consumidor aumentando no seu ritmo mais veloz em mais de dois anos, a Comissão de Reforma e Desenvolvimento Nacional, a mais importante agência de planejamento do país, está preparando uma “rápida sucessão de golpes” para controlar os custos dos alimentos, segundo informou a mídia oficial.

Esse tipo de intervenção direta assinalaria uma escalada nas iniciativas do governo de domar a inflação e sublinha a preocupação com o avanço acelerado nos preços dos alimentos. As medidas possíveis incluem controles de preços, subsídios para compradores, medidas repressivas contra acúmulo de estoques e especulação com preços, bem como um sistema pelo qual os prefeitos seriam responsáveis por uma cesta de itens alimentícios, informou o “China Securities Journal”.

“Aumentos de preços, especialmente aumentos exagerados de preços de alimentos, serão o principal problema enfrentado pelo país no momento”, disse o relatório, citando uma fonte não identificada. “As políticas públicas que estão sendo consideradas visam conter o ímpeto e serão implantadas em conjunto, como uma “rápida sucessão de golpes”, disse. A inflação nos preços ao consumidor acelerou ao seu nível mais alto em 25 meses em outubro, com uma alta de 4,4% na comparação com o ano anterior. Os alimentos, que compõem aproximadamente um terço do índice de preços ao consumidor da China, lideraram, em alta de 10,1%. Itens não relacionados com alimentos aumentaram apenas 1,6%.

Ao contrário de surtos passados de inflação de alimentos na China, porém, não houve nenhuma seca ou doenças de grandes proporções para impulsionar os preços neste ano. Pelo contrário, a veloz expansão monetária parece ser a principal culpada. Numa reunião ontem, o Ministério do Comércio atribuiu a culpa a fatores além das fronteiras da China. “A pressão inflacionária importada contribuiu para o grande aumento nos preços dos alimentos na China. Os preços globais de grãos, algodão e óleo comestível vêm aumentando perceptivelmente”, disse o porta-voz Yao Jian.

As informações são do jornal Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    O dificil é saber o que é exagerado e o que fundamentado.

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