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Classe C diversifica compras e consumo segue crescendo

Segundo pesquisas de consultorias de varejo, o consumo da classe C tem sido alavancado pela expansão do mercado de trabalho, pelo avanço do crédito e pelo maior poder de compra dos salários, decorrente da inflação controlada já há 15 anos, da política de valorização do salário mínimo e da queda recente no preço de alimentos. O fenômeno mais recente no varejo é a diversificação das compras da classe média baixa, que tem incluído no carrinho mais produtos supérfluos, além de uma variedade maior e mais sofisticada de bens duráveis.

Segundo pesquisas de consultorias de varejo, o consumo da classe C tem sido alavancado pela expansão do mercado de trabalho, pelo avanço do crédito e pelo maior poder de compra dos salários, decorrente da inflação controlada já há 15 anos, da política de valorização do salário mínimo e da queda recente no preço de alimentos.

Mas agora não só o iogurte e o frango são símbolos do acesso aos bens de consumo, como ocorria no início do Plano Real, quando o quilo da ave passou a custar R$ 1 e a representar os benefícios da estabilidade econômica para a vida cotidiana.

O fenômeno mais recente no varejo é a diversificação das compras da classe média baixa, que tem incluído no carrinho mais produtos supérfluos, além de uma variedade maior e mais sofisticada de bens duráveis.

Segundo pesquisa da consultoria Nielsen, sopas instantâneas, fraldas descartáveis, água mineral e chás estão entre os itens cujo aumento no número de lares consumidores mais se beneficiou pelo consumo da nova classe emergente.

Especialistas dizem que esses produtos, que permitem ao consumidor economizar tempo de trabalho em casa, ou itens que transmitem a ideia de vida saudável têm ganhado apelo entre as famílias da classe C.

Marcos Senine, executivo de atendimento da Nielsen Brasil, afirma que essa sobra no orçamento da população começou a aparecer em 2009. “Apesar de os indicadores estarem bem em 2007, a cesta de compra de bens duráveis crescia, com aumento da venda de celulares e da linha branca, mas o consumidor acabava endividado e não conseguia elevar o consumo na cesta de alimentos, de produtos de higiene e de limpeza.”

A Abima, associação que representa a indústria de massas alimentícias, de pães e de bolos industrializados, relata a mesma tendência. “Tem mais gente provando ravióli e capelete”, brinca Claudio Zanão, que preside a entidade.

Pesquisa recente da consultoria Kantar Worldpanel mostra que a variedade de produtos consumidos pelos mais pobres e pelos mais ricos começou a se aproximar em 2009 – embora a quantidade e a marca dos produtos sejam bem diferentes. O estudo, feito em 8.200 lares no país, mostra que famílias com renda média de R$ 846 compraram, ao mês, 37 tipos de produtos de alimentação, higiene e limpeza ou bebidas. As que recebem em média R$ 1.500 consumiram 38, e as que ganham média de R$ 3.000, 42.

O perfil das compras é diferente, afirma Christine Pereira, diretora comercial da Kantar Worldpanel no Brasil: os mais pobres compram menos unidades que os mais ricos, optam por marcas mais baratas e por embalagens menores.

Os dados da Kantar Worldpanel indicam que a classe C aumentou em 17% o valor consumido de bens não duráveis no ano passado. Em unidades, o consumo cresceu 13%. A diretora da consultoria afirma que a tendência de elevar o consumo dos itens não básicos cresceu com mais força.

A matéria é de Verena Fornetti, publicada na Folha de S. Paulo, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

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