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1 de março de 2006Clostridioses: colheita, remessa de material e critério diagnóstico
Por Francisco Lobato1 e Ronnie A. Assis2
Um tema de grande importância no dia-a-dia do campo, refere-se ao material clínico e à forma adequada de submissão do mesmo para diagnóstico laboratorial. São ainda muito freqüentes estas dúvidas. Por isso, esta seção, expõe aspectos da colheita, remessa de material e critério de diagnóstico das principais clostridioses dos ruminantes.
Deve-se proceder necrópsia pouco tempo após a morte do animal (no máximo seis horas) ou de preferência em estado agônico, pois a maioria dos clostrídios invadem a carcaça rapidamente, mascarando o quadro. Os materiais de eleição e técnicas utilizadas no diagnóstico, são apresentados na Tabela 1.
Tabela 1. Materiais de eleição e critério diagnóstico das clostridioses dos animais.
Para um efetivo diagnóstico das clostridioses, deve-se basear na associação de achados de necropsia, histopatologia, isolamento do agente e detecção da toxina envolvida.
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1Francisco Lobato, Médico Veterinário, Mestre em Medicina Veterinária, Doutor em Ciência Animal. Prof. Doenças Bacterianas da Escola de Veterinária da UFMG
2Ronnie A. Assis, Médico Veterinário, Mestre em Medicina Veterinária, Doutor em Ciência Animal
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Gostaria de saber sobre achados de Clostridium perfringens e qual o tempo após a morte do animal, eu tenho para coletar o material?
Caro Rogério,
Os achados de necrópsia em relação Clostridium perfringens, vão depender do tipo (A-E), da espécie animal, do curso da doença dentre outros. Nos quadros de enterotoxemia causado pelo Clostridium perfringens tipo D pode-se observar à necropsia:
– Edema pulmonar, hidropericardio, liquido na avidade abdominal e discreta enterite (geralmente nos quadros agudos).
Pode-se observar uma lesão cerebral degenerativa a Encefalomalacia Simetrica focal nos quadros crônicos.
O ideal e fazer a necrópsia imediatamente após a morte ou no período agônico ou no máximo 06 horas pós morte.
Espero que tenha respondido suas duvidas.
Atenciosamente,
Prof. Francisco Lobato