Picos tarifários impostos pelo Japão aos produtos do agronegócio do Brasil inibem as vendas externas da agropecuária brasileira, existindo casos extremos com tarifas equivalentes a 374,41%. Essa realidade é demonstrada no estudo “Barreiras Comerciais: os Picos Tarifários Japoneses e o Agronegócio Brasileiro”, elaborado pela Superintendência de Relações Internacionais (SRI), da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Diante das barreiras tarifárias e sanitárias impostas pelo governo japonês às importações de produtos agropecuários do Brasil, a CNA defende a negociação de um acordo bilateral entre os dois países, tendo em vista a morosidade atual da Organização Mundial do Comércio (OMC).
O estudo da CNA identificou que 20,7% dos produtos do agronegócio sofrem com picos tarifários japoneses. Para produtos selecionados no estudo, 1/3 das tarifas supera 30% do valor de importação e, muitas vezes, avalia o documento, essas tarifas chegam a extremos, mais de 100%. A pecuária, incluindo miudezas como línguas e intestinos de bovinos e suínos, além de carnes processadas de peru, frango e bovinos, enfrenta obstáculos, devido aos picos tarifários impostos pelo Japão – as tarifas variam de 12,8% a 50%.
Em relação a couros e peles, por exemplo, o Japão foi um grande importador entre 2012 e 2014, mas, por vezes, chegou a exportar esses produtos. Assim, no entender da CNA, para proteger sua indústria, o país mantém picos tarifários para dez produtos de peles, couros e derivados.
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Fonte: CNA, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.