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Conflito entre Rússia e EUA pode favorecer Brasil

A tensão política crescente entre Rússia e Estados Unidos pode ajudar a ampliar as exportações de carne do Brasil. O conflito, que afeta as negociações para a entrada da Rússia na OMC (Organização Mundial do Comércio), levou Moscou a ameaçar rever acordos em vigor com os EUA. Com isso, o Brasil poderá ganhar cotas tarifárias de exportação que hoje cabem aos produtores americanos, aumentando sua fatia no mercado russo, que já é o principal destino da carne brasileira bovina e suína no exterior.

A tensão política crescente entre Rússia e Estados Unidos pode ajudar a ampliar as exportações de carne do Brasil. O conflito, que afeta as negociações para a entrada da Rússia na OMC (Organização Mundial do Comércio), levou Moscou a ameaçar rever acordos em vigor com os EUA.

Com isso, o Brasil poderá ganhar cotas tarifárias de exportação que hoje cabem aos produtores americanos, aumentando sua fatia no mercado russo, que já é o principal destino da carne brasileira bovina e suína no exterior.

Segundo Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína), o Brasil foi prejudicado quando negociou o acordo bilateral para a entrada da Rússia na OMC, pois as cotas maiores de carne já haviam sido concedidas a EUA e UE. Camargo Neto diz que é hora de o governo brasileiro cobrar benefícios da parceria que o Itamaraty afirma ter com a Rússia como parte do chamado Bric (grupo de países emergentes que inclui ainda China e Índia). “Precisamos saber se essa história de Bric é para valer. É a hora de a Rússia mostrar que o Brasil é parceiro e de o Brasil não fazer papel de bobo”, afirma Camargo Neto.

O acordo em vigor, fechado em 2005, dá preferência a EUA e União Européia. Com a deterioração das relações entre Rússia e EUA, há a expectativa de que o governo brasileiro pressione para que o acordo, que expira em 2009, seja renegociado com bases melhores.

Os exportadores não escondem que a piora nas relações entre a Casa Branca e o Kremlin pode levar ao aumento do mercado russo para a carne brasileira. “Estamos torcendo”, disse Luiz Carlos de Oliveira, diretor-executivo da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne).

Camargo Neto concorda: “O momento é propício para a renegociação do comércio de carnes”, diz.

A matéria é de Marcelo Ninio, publicada no jornal Folha de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeeFPoint

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