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Congresso da Abag discute Comunicação e Governança

O Presidente da ABAG, Carlo Lovatelli, abriu o 9º Congresso Brasileiro do Agronegócio, realizado no último dia 9 de agosto, que buscou discutir como anda o relacionamento entre o Agronegócio e a sociedade, como a comunicação pode ser usada para melhorar esse relacionamento e avaliar o grau de de comprometimento dos três principais candidatos à Presidência da República em relação à agropecuária nacional, dizendo que o desafio é continuar pró-ativo. "A imagem do Agronegócio está mal na foto. Estamos no foco, mas nos comunicamos mal. Precisamos da comunicação e precisamos entender qual é a melhor forma de usá-la". A equipe BeefPoint participou do evento e irá preparar mais artigos e vídeos sobre as palestras apresentadas e as discussões que ocorreram durante o 9º Congresso Brasileiro do Agronegócio. Confira!

O Presidente da Associação Brasileira de Agronegócio (ABAG), Carlo Lovatelli, abriu o 9º Congresso Brasileiro do Agronegócio, realizado no último dia 9 de agosto, com o tema Cenário 2011: Comunicação e Governança, que buscou discutir como anda o relacionamento entre o Agronegócio e a sociedade de modo geral, como a comunicação pode ser usada para melhorar esse relacionamento e avaliar o grau de de comprometimento dos três principais candidatos à Presidência da República em relação à agropecuária nacional, dizendo que o desafio é continuar pró-ativo. “A imagem do Agronegócio está mal na foto. Estamos no foco, mas nos comunicamos mal. Precisamos da comunicação e precisamos entender qual é a melhor forma de usá-la”.

Segundo Lovatelli, as cadeias devem se unir para alavancar o desenvolvimento do Agronegócio brasileiro. Ele ressaltou ainda que está união é necessária para ajudar no direcionamento das ações do Governo e na criação de políticas que beneficiem o setor. “Sabemos o que queremos e precisamos que nossos governantes nos representem bem”.

A Abag preparou um documento elencando metas e macro-estratégias baseados em 6 pilares que irão garantir o crescimento seguro e sustentável do setor:
1.Garantia de renda para o agriculto;
2.Infraestrutura e logística;
3.Comércio Exterior;
4.Pesquisa, desenvolvimento e inovação;
5.Defesa agropecuária;
6.Institucionalidade do poder público.

O presidente afirmou que se não houver seguridade de renda não haverá desenvolvimento da produção e ressaltou que são necessários ajustes na política tributária para estimular o crescimento. “Brasil é reprovado em infraestrutura”, lembrou Locatelli, se referindo a problemas com a malha rodoviária, ferroviária, portuária e armazenagem, e pediu mais investimentos em pesquisas ligadas ao Agronegócio. “A bioenergia é o futuro do Agronegócio brasileiro, precisamos de tecnologia e rever os conceitos”.

Se referindo à necessidade de melhora na defesa agropecuária e abertura de novos mercados, ele frisou que “a fome do povo decorre da baixa renda da população e não da falta de alimentos. O mercado está bem abastecido, agora precisamos abrir mais mercados para os produtos do Agronegócio brasileiro”.

Lovatelli ainda ressaltou que existem muitas obrigações e pouco respeito aos direitos do produtor. “O Ministério Público ataca produtores que não cometeram crimes, ou que foram estimulados a realizar certas ações para aumentar a produção”.

Ao se referir a questão da sustentabilidade, o presidente da Abag, afirmou que podemos sair na frente e propor um modelo condizente com a nossa realidade. “Mas o produtor precisa ser recompensado pelos serviços ambientais prestados”.

Ao finalizar seu discurso de abertura, Carlo Lovatelli, lembrou que o Congresso estava sendo transmitido ao vivo via internet. “Pela web, o número de pessoas que assistem ao congresso neste momento multiplica por 5 o número de presentes neste auditório”.

O segundo a assumir o microfone foi Luis Carlos Guedes Pinto, vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil. “Nunca tivemos tanta clareza do imenso potencial do Agronegócio brasileiro. Agora, as autoridades precisam se articular, para que logo após as eleições possam aplicar medidas que garantam o desenvolvimento de todo esse potencial”.

Segundo ele uma das ações mais importantes é melhorar a garantia de renda do produtor com mecanismos de sustentação de renda. “Com o mesmo volume de recursos que gastamos hoje, podemos fazer um redirecionamento e fornecer maiores garantias ao produtor”.

O secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, João Sampaio, também ressaltou que, no momento, o mais importante é a questão da renda. “Nos últimos 16 anos, a produção cresceu muito, mas a renda recuou surpreendentemente. Não podemos perder isso de vista”.

Comentando a escolha acertada do tema do evento, Sampaio frisou que “se melhorarmos a comunicação vamos melhorar o resultado político e espero que isso melhore a renda e vice-versa. Não podemos esquecer também que uma boa comunicação pode gerar dividendos políticos e beneficiar o setor.

Para Gerardo Fontelles, secretário-executivo do Ministério da Agricultura, “é preciso desenvolver instrumentos para colocar o Agronegócio no foco do desenvolvimento nacional. O Mapa acredita que vamos crescer, abastecer a população e gerar renda para o produtor, com ações sustentáveis. Um dos esforços para que isso aconteça é o programa ABC“. O programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), lançado em junho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Wagner Rossi, no anúncio do Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011, como carro-chefe do governo para incentivar o uso de técnicas que ampliem a eficiência na lavoura e reduzam a emissão dos chamados gases de efeito estufa. Neste primeiro ano, os produtores rurais contam com R$ 2 bilhões a juros de 5,5% ao ano.

O presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, Abelardo Lupion, disse que não se pode esquecer da história, “se hoje temos um futuro auspicioso, devemos isso a pessoas que trabalharam bem no passado. Um exemplo é o ministro Alysson Paolinelli que idealizou e criou a Embrapa, que nos permitiu desenvolver a agricultura no cerrado. A Embrapa, definitivamente é o grande reduto de geração de tecnologia. Apenas com o apoio dela é que conseguiremos ganhar a guerra. Entre outras conquistas, é com a ajuda deste trabalho que estamos conseguindo alterar o Código Florestal, para que a preservação ambiental ande junto com a produção”.

Mencionando e elogiando o trabalho do deputado Aldo Rebelo, Lupion lembrou, “hoje estamos trabalhando o Códio Florestal, depois será o Código Ambiental (envolvendo cidades e indústrias), depois o desafio será o trabalhista”. “Temos que nos unir e nos articular, para que os deputados possam atender as demandas do Agronegócio.

Após a abertura o Congresso foi divido em três painéis, o primeiro tratou do tema comunicação, o segundo do Cenário Político, onde foram apresentados vídeos onde os três principais candidatos à Presidência da República (José Serra, Dilma Rousseff e Marina Silva) responderam a preguntas formuladas pela Abag e apresentaram suas propostas para o Agronegócio Brasileiro e o terceiro discutiu perspectivas para o cenário 2011.

A equipe BeefPoint participou do evento e irá preparar mais artigos e vídeos sobre as palestras apresentadas e as discussões que ocorreram durante o 9º Congresso Brasileiro do Agronegócio. Confira!

Equipe BeefPoint

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