Enquanto na Argentina se consome atualmente mais de 110 quilos de carne per capita em geral, os cortes bovinos ocupam uma das porções mais baixas nos últimos 60 anos. Em 2014, cada argentino consumiu 59,73 quilos de cortes bovinos, 4,1 quilos a menos que em 2013, quando a demanda interna absorveu 63,83 quilos per capita, segundo dados do Instituto de Promoção da Carne Bovina Argentina (IPCVA). Em termos de volume, isso significa uma retração de 164 mil toneladas anuais.
O consumo bovino em 2014 foi o terceiro mais baixo dos últimos 60 anos, perdendo apenas para 2012 (59,28 quilos) e 2002 (58,60 quilos). Em 1958, o consumo era de 98 quilos per capita por ano.
A perda do poder aquisitivo, frente ao valor da carne no varejo, é uma das razões da retração. “Essa queda interanual da ordem de 6,5% no consumo aparente se deu em um contexto no qual os preços ao consumidor da carne bovina aumentaram, em média, em 42%, levemente acima dos aumentos médios observados em bens e serviços no mesmo período (39,7%) e moderadamente acima da variação média dos salários privados, que foi de 35%”, disse o IPCVA.
Enquanto os cortes bovinos perdem peso, o frango ganha protagonismo. Em 2014, o consumo de aves chegou a 41 quilos, acima dos 38 quilos de 2013. O consumo de carne suína também avança. O consumo de cortes frescos cresceu um quilo por habitante e ficou em 11 quilos per capita. A isso, soma-se a demanda doméstica de embutidos, onde as preferências por carne suína chegam atualmente ao redor de 13 quilos per capita.
Fonte: http://www.lavoz.com.ar, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.