As autoridades sanitárias da Coréia do Sul anunciaram ontem a possibilidade de haver detectado um paciente com a enfermidade encefalopatia espongiforme bovina, vulgarmente conhecida como a doença da vaca louca. Se for confirmado, este será o primeiro caso fora da Europa.
Os médicos não estão conseguindo fazer os exames necessários neste paciente, um homem de 30 anos que tem problemas mentais, porque a família é contrária. Os médicos, porém, suspeitam que ele está com a doença transmitida aos seres humanos pelo consumo de carne bovina contaminada com a ”encefalopatia espongiforme bovina”. ”Não podemos dizer que ele tem a doença ou não porque ele já sofre de problemas mentais que dificultam uma análise mais superficial”, declarou o diretor adjunto do Instituto Nacional de Sanidade, Choi Chul-Ho.
A Coréia do Sul tem importado desde 1998 da Europa sangue desidratado de vaca para alimentar outros animais, mesmo sabendo do mal das ”vacas loucas”. Segundo a página oficial na Internet da Organização Mundial de Saúde (OMS), até dezembro passado foram registrados 87 casos da enfermidade na Grã-Bretanha, três na França e uma na Irlanda.
União Européia A Comissão Européia propôs ontem aumentar o orçamento da União Européia (UE) previsto para 2001, em 971 milhões de euros (893 milhões de dólares) para combater o Mal da Vaca Louca, anunciou a comissária encarregada de orçamento, Michaele Schreyer.
O dinheiro se destinaria a apoiar o mercado comprando carne para evitar a baixa dos preços (238 milhões de euros), o extermínio de 530 mil toneladas de animais com mais de 30 meses que não podem entrar na cadeia alimentar (700 milhões) e a confinação do gado para a detecção da doença (33 milhões).
A proposta da Comissão deve ser aprovada pelo Parlamento Europeu e pelos 15. O dinheiro viria do excedente do orçamento de 2000.
A crise da encefalopatia espongiforme bovina (EEB) surgiu muito tarde no ano passado e não foi levada em conta para o orçamento de 2001, explicou a comissária, acrescentando que devem ser conseguidos mais recursos, que sairiam do orçamento destinado para a agricultura, de 44 bilhões de euros em 2001.
fonte: Folha de Londrina