Foi anunciada ontem, em reunião ocorrida em Brasília, a criação no Rio Grande do Sul, de zonas consideradas com risco mínimo quanto à aftosa, as chamadas bandas de proteção, de onde será permitida a saída de cargas. Dessa forma, o Estado ganhará uma nova conformação para conseguir liberar o trânsito de produtos e animais para o restante do País.
Porém, o número de animais contato a serem abatidos apresentado ao Ministério da Agricultura pela Secretaria da Agricultura – de 2251 exemplares – não foi aprovado pelo ministério, que exigiu uma revisão nesse número. Essa contraproposta será avaliada na próxima terça-feira, em reunião do Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fesa), em Porto Alegre.
Celso dos Anjos, secretário executivo do Fesa e diretor de Produção Animal da secretaria, não soube precisar em quanto tempo as áreas de risco mínimo estarão delimitadas e o trânsito liberado. “Queremos demonstrar, com análise, os locais onde o risco é reduzido. Tecnicamente, não podemos trabalhar com risco zero. Mas teremos segurança que em determinado local não há problema.”
Além da sorologia por amostragem, a determinação dessas áreas contará com um levantamento das zonas de produção e o caminho que as cargas percorrem para sair do Estado, sendo feita então uma análise de risco das áreas, a fim de oferecer segurança aos compradores dos outros estados. Essa delimitação, porém, será precedida de uma estratégia de combate à doença já em curso, como o abate sanitário dos animais-contatos e a sorologia nas diferentes áreas infectadas e de vigilância. A vacinação deve ser concluída hoje.
Na reunião realizada ontem foi analisado o relatório do combate à aftosa no RS. Luiz Carlos de Oliveira, secretário nacional de Defesa Agropecuária, afirmou que há harmonia e entrosamento entre secretaria e ministério e que alguns pontos foram esclarecidos.
Oliveira assegurou recursos para a indenização dos produtores, devido ao abate sanitário. Dois terços serão bancados pelo ministério e um terço pelo Estado, sendo que os valores serão definidos caso a caso.
Quanto à Expointer 2001, houve consenso sobre a realização da feira. A colocação em prática de alguns desses procedimentos, inclusive a criação das bandas de proteção, é que definirá as estratégias a serem adotadas para garantir a comercialização.
fonte: Zero Hora/RS (por Carolina Bahia), adaptado por Equipe BeefPoint