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Demanda de China e Rússia pode levar à reabertura de frigoríficos

A demanda da China e da Rússia pela carne bovina brasileira pode levar frigoríficos a reabrir fábricas no médio e longo prazos, prevê Vasco Picchi, doutor em medicina veterinária pela USP e consultor com mais de três décadas de experiência no segmento industrial. “Mas o momento atual ainda não indica isso. O que vemos são frigoríficos fechando, desemprego em massa e problemas de mercado para o pecuarista”.

Autor do livro “História, ciência e tecnologia da carne bovina”, lançado na semana passada, Picchi diz que a recuperação do setor pode ser rápida, caso ocorra “a demanda que se espera da China e da Rússia”. “E aí acho que não será difícil esses estabelecimentos fechados serem postos em marcha novamente”, diz.

Dos mercados para os produtos brasileiros, Picchi considera que a China seja um dos que tenham maior potencial de expansão. Além disso, o especialista afirma que o crescimento econômico do país asiático resulta em aumento na renda de seus habitantes. Com isso, ocorre uma mudança nos hábitos de consumo que pode ser explorada pelo Brasil. “Há um movimento progressivo em andamento. Há alguns anos, a China comprava praticamente só subprodutos do boi, como os tendões. Dentre os cortes, o principal era o patinho, mais barato. Hoje, eles partiram para o contrafilé e cortes mais nobres. É uma mudança lenta, mas que deve continuar nos próximos anos”.

“A grande vantagem da Rússia é que eles consomem justamente parte da carne que chamamos ‘de primeira’, mas também a carne ‘de segunda'”, avalia o consultor, o que facilita a logística dos frigoríficos, que destinam, de maneira geral, carnes de primeira e de segunda para diferentes mercados.

Picchi afirma que o fechamento de unidades de pequeno e médio portes no País é resultado de uma concentração no setor frigorífico. O consultor também critica o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na criação das “campeãs nacionais”. “Houve uma criação de quase monopólios. Isso reduziu a competição entre abatedouros e encurralou pecuaristas, que ficaram sem muita margem para negociar os preços do boi”.

Fonte: Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

1 Comment

  1. FIDÉLIS ITAMAR DE QUEIRÓS disse:

    Respeitosamente, mas, a soberania do mercado não permite queda de braço entre fracos e fortes, resta-nos implementar tecnologia de produção afinando nossa a matemática, para que possamos produzir cada vez mais carnes em menor espaço de terras, otimizar e racionalizar o processo de produção com menor custo e maior lucro. Vejo que a pecuária sempre foi um setor da economia que permitiu margens de erros até grosseiros, todavia, esse pensamento absolutamente tem que ser mudado, negócio agora não é brincadeira, não terá espaço para incompetentes, não podemos ficar esperando preços milagrosos, nosso produto, contudo ser nobre, atende a cesta básica do pequenino ao grande consumidor, mas o consumo geral é de massa, se não atendermos dentro de uma razoabilidade de preço, esse consumidor migra para o ovo, frango, suino, peixe dentre outros. Vamos intensificar, encurtar o ciclo, entrar em ganhos biológicos, em fim, daqui para frente o ajuste tem que ser fino, tal qual o do suido e frango que se permanecer na granja por 03 04 dias a mais se foi o lucro, avante amigos e colegas pecuaristas. desculpem a franqueza.

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