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Doença da língua azul (parte II): diagnóstico e controle

O diagnóstico da doença da Língua azul baseado somente na manifestação clínica não é aplicável, pois: a maioria dos bovinos apresenta infecção inaparente; e nos animais que apresentam sintomas da doença, devido à semelhança dos sinais observados aos de outras doenças das mucosas como: ectima contagioso, febre aftosa, intoxicação por plantas entre muitas outras, o diagnóstico torna-se extremamente difícil.

O diagnóstico da doença da Língua azul baseado somente na manifestação clínica não é aplicável, pois: a maioria dos bovinos apresenta infecção inaparente; e nos animais que apresentam sintomas da doença, devido à semelhança dos sinais observados aos de outras doenças das mucosas como: ectima contagioso, febre aftosa, intoxicação por plantas entre muitas outras, o diagnóstico torna-se extremamente difícil.

Para a determinação de um diagnóstico conclusivo são necessários testes sorológicos, dentre eles: a fixação de complemento, imunodifusão em ágar gel (IDAG) e o ELISA. Considerando a possibilidade de reações cruzadas com outros vírus nestes testes sorológicos, são indicados o isolamento e identificação do agente, seja por métodos de cultivo convencionais do agente, imunoistoquímica ou PCR.

As principais medidas de controle para a Língua azul baseiam-se na ação sobre a exposição do rebanho ao vetor, na vacinação e nas barreiras sanitárias criadas para evitar a movimentação de animais e materiais biológicos.

Embora seja reduzida a eficácia das estratégias de controle do vetor, podem ser utilizadas como alternativas de eliminação dos Culicoides, as pulverizações com repelentes e inseticidas. O efeito em curto prazo dos produtos tem diminuído esta prática. Por outro lado, já foi observada alta mortalidade dos vetores que se alimentam em bovinos tratados com o anti-helmíntico, ivermectina.

A vacinação é a medida de controle mais eficaz, especialmente em situações em que a doença já tenha sido introduzida em uma área. A vacinação quando alcança a imunidade a todas as cepas locais do vírus, embora não elimine a infecção, é bem sucedida em manter as perdas em um nível muito baixo.

Atualmente as vacinas mais utilizadas no mercado internacional para o controle da língua azul são vacinas de vírus polivalente inativado, indicando-se um protocolo de revacinação anual, um mês antes do período esperado de ocorrência da doença. Como a imunidade permanece por 10 dias após a vacinação, esta estratégia de vacinação precoce durante um surto pode reduzir substancialmente as perdas. É importante destacar que devido a possibilidade de variação viral, é necessário o monitoramento contínuo das amostras ou sorotipos virais presentes no rebanho, para inclusão do mesmo na vacina e melhor eficiência no controle da doença.

Uma outra variedade de vacina a ser aplicada são as vacinas vivas, que apesar de fornecerem um maior risco ao rebanho tem uma grande vantagem de determinar maior proteção aos animais. A dificuldade em obter vacinas seguras pode ser superada pelo uso de tecnologias do DNA recombinante e é alvo de estudos como alternativa de controle.

Finalmente, uma estratégia de controle importante e que deve estar presente nos locai que visam a eliminação da doença é o controle do trânsito internacional de animais, com a instalação de barreiras que proíbam ou dificultem a importação de bovinos e outros ruminantes provenientes de áreas de risco, através de testes de comprovação negativa destes animais ou de amostras biológicas como: sêmen e embriões.

Referências bibliográficas

Bonneau, K.R. et al. Duration of viraemia infectious to Culicoides sonorensis in bluetongue virus-infected cattle and sheep. Vet Microbiol. V. 88, n.2, p.115-125, 2002.
http://www.fao.org/ag/againfo/subjects/en/health/diseases-cards/bluetongue.html

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