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Embarques para a UE ainda estão travados

O prejuízo com o embargo europeu à carne brasileira continua e já soma US$ 300 milhões. Mesmo com a habilitação de algumas propriedades a exportar ao bloco, os embarques não foram normalizados. Como novas adesões à lista devem demorar pelo menos 60 dias, a previsão é que apenas em junho as vendas sejam retomadas.

O prejuízo com o embargo europeu à carne brasileira continua e já soma US$ 300 milhões. Mesmo com a habilitação de algumas propriedades a exportar ao bloco, os embarques não foram normalizados. Como novas adesões à lista devem demorar pelo menos 60 dias, a previsão é que apenas em junho as vendas sejam retomadas.

Agora, estariam ocorrendo embarques apenas de negócios fechados anteriormente. A estimativa é que seriam necessárias pelo menos 3 mil fazendas.

“Dentro do quadro de aprovações, poucos frigoríficos têm chance de viabilizar atividade comercial e, diante da quantidade de animais ofertados, o preço da arroba é diferenciado, também inviabilizando a exportação”, comentou o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec), Antonio Camardelli.

Ele disse ainda que as empresas esperam que até julho o país tenha pelo menos “um número razoável” de propriedades – 2 mil – habilitadas. Mas antes do final do ano não haverá normalidade. “Está tudo fechado. Não apenas pelo número de fazendas, mas também porque não são representativas no volume de embarques”, confirmou o analista da Safras & Mercado, Paulo Molinari, em reportagem de Neila Baldi, da Gazeta Mercantil.

O diretor da AgraFNP, José Vicente Ferraz, acredita que se confirme a projeção feita pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), na semana passada, que as exportações de carne in natura para a União Européia caiam a zero neste mês por falta de matéria-prima.

Segundo Miguel Cavalcanti, da AgriPoint, mesmo redirecionando as vendas para outros países, as empresas estão perdendo. Segundo ele, o preço de um quilo de corte nobre, que seria comercializado a US$ 40 na Europa sai a US$ 15 em outros mercados.

0 Comments

  1. Antonio Pereira Lima disse:

    Com todo respeito que tenho pelo Sr Miguel Cavalcanti, vou discordar da sua posição, os frigoríficos podem estar deixando de ganhar muito, mas não estão perdendo nada.

    Um detalhe que me chama a atenção, e tenho lido pouco sobre o assunto, se o Brasil exporta 20% da sua produção, e nós tivemos uma redução do plantel de praticamente 20%, aqui no MS já esta confirmado, ou vai faltar carne para exportar ou vai faltar para o nosso maior comprador, longe do segundo, que é o mercado interno.

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